A cidade de Salvador se tornou a capital brasileira com o maior número de “descasados” e a segunda com o maior número de “solteiros”, segundo dados do Censo 2022, divulgados nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento dividiu a população em três grupos: os que viviam em união, os que não viviam, mas já viveram em união, e os que nunca viveram em união. Dessa forma, pessoas em um relacionamento, mas que não moram juntas, podem ter sido classificadas como “solteiras” - ou seja, “não viviam em união”.
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Em Salvador, apenas 44,7% dos entrevistados declararam viver em união conjugal. A capital baiana ficou atrás apenas de São Luís (MA), onde o índice foi de 44,5%.
Já o número de pessoas que "não viviam, mas já viveram em união" cresceu nos últimos anos. Salvador passou da 4ª para a 1ª posição entre as capitais, com 23,8% da população se declarando “descasada”.
De forma geral, na Bahia, a maioria ainda vive em união - 48,6%. Entre 2010 e 2022, o número de "descasados" aumentou tanto no estado quanto no país, passando de 15,6% para 20,4%.
Onde estão os solteiros?
Embora Salvador lidere entre as capitais em número de "solteiros", outras cidades baianas superam a capital no índice de pessoas que "não viviam em união conjugal":
- Ipecaetá - 38,2%, a 170 km de Salvador;
- Mansidão - 37,9%, no oeste da Bahia;
- Antônio Cardoso - 37,3%, a 33 km de Feira de Santana.
Já os municípios com maior número de “casados” são:
- Feira da Mata - 60,0%, no oeste da Bahia;
- Tabocas do Brejo Velho - 59,0%;
- Rio do Antônio - 58,8%, também no oeste do estado.
Raio-X das famílias baianas
O Censo também revelou o perfil das formações familiares no estado. Na Bahia, predominam famílias chefiadas por mulheres sem cônjuges e com filhos, as chamadas mães solos.
Em relação à renda, quase 8 em cada 10 famílias baianas tinham, em 2022, rendimento mensal familiar per capita de até um salário mínimo - o equivalente a R$ 1.212 por pessoa. Apenas 1,9% das famílias apresentavam renda superior a cinco salários mínimos, ou seja, mais de R$ 6 mil por mês.
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