Ambulantes cadastrados para trabalhar no Carnaval 2026 de Salvador terão tarifa zero nos ônibus da cidade. O benefício foi anunciado nesta sexta-feira (7) pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil), durante a assinatura do Pacto Intergovernamental de Promoção do Trabalho Decente, Empreendedorismo e Desenvolvimento Econômico no Carnaval.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre a União, o estado e o município, com a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Além da tarifa zero, o programa Salvador Acolhe, que oferece espaços para os filhos dos ambulantes durante a folia, será ampliado, passando de 450 para 600 vagas em 2026.
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O pacto também estabelece metas de inclusão produtiva e melhorias nas condições de trabalho de quem faz parte da cadeia produtiva do Carnaval, como ambulantes, cordeiros e catadores, com estimativa de cerca de 20 mil trabalhadores atuando durante a festa. A medida também inclui a criação de restaurantes populares nos principais circuitos do evento, oferecendo refeições para os trabalhadores.
O prefeito Bruno Reis destacou que o Carnaval movimenta mais de R$ 2 bilhões na economia de Salvador e gera mais de 50 mil empregos diretos e indiretos. Ele anunciou a implantação de sete centros de convivência, onde ambulantes, cordeiros e catadores poderão tomar banho e recarregar seus celulares. Além disso, será reforçada a distribuição de kits de proteção individual, incluindo camisas UV, capas de chuva e protetor solar, e aumentados os pontos de hidratação, que funcionarão 24 horas por dia.
A cerimônia de assinatura foi realizada no Mercado Modelo, no Comércio, e contou com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, além de outras autoridades municipais, estaduais e federais.
O pacto também prevê fiscalizações integradas e preventivas, com atuação coordenada entre as três esferas de governo para combater irregularidades antes, durante e após o evento. Será estabelecida tolerância zero para exploração de trabalhadores, com mecanismos de combate ao trabalho análogo à escravidão e canais de denúncia acessíveis, garantindo resposta rápida das autoridades.
Além disso, será criado um sistema de monitoramento e transparência, permitindo à sociedade acompanhar os resultados das ações, e realizadas campanhas educativas de orientação e capacitação para empregadores e trabalhadores sobre direitos e deveres no contexto da festa.
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