Cantora americana Alberta Adams morre aos 97 anos

A cantora americana Alberta Adams, mais conhecida como a "Rainha do Blues" de Detroit, morreu aos 97 anos no dia de Natal (25), segundo informou seu selo fonográfico nesta sexta-feira (26). "Em grande escala, ela era verdadeiramente a última grande cantora de blues do pós-Segunda Guerra Mundial", disse RJ Spangler, que a ajudou a relançar sua carreira na década de 90, pelo selo 'Eastlawn', especializado em jazz e blues.

Cantora americana Alberta Adams morre aos 97 anos (Foto: Reprodução/Robert Barclay)

Nascida em Indianápolis, no leste dos Estados Unidos, e criada em Detroit, região nordeste do país, Adams teve uma infância complicada, fato que não a impediu de seguir seus sonhos. A cantora começou a carreira como bailarina de sapateado nos clubes da Motor City, antes de substituir a então cantora Kitty Stevenson.Rapidamente, Adams começou a agendar apresentações com os grandes nomes do blues, como T-Bone Walker, Louis Jordan, John Lee Hooker e Cleanhead Vinson, assim como o pioneiro do jazz, Duke Ellington. A artista fez turnês nacionais e internacionais, e assinou um contrato com o icônico selo de blues de Chicago Chess Records, pouco antes de o som da 'Motown' definir Detroit.Em 1994, assinou com o selo de Spangler e lançou o álbum "Born with the Blues", em 1999, com o guitarrista de blues Johnnie Bassett. "Adorei trabalhar com ela, era uma alegria estar perto dela, nunca estava de mal humor ou irritada", disse Spangler à AFP.Segundo informações da AFP, Adams parou de cantar há vários anos, quando perdeu a audição e sua saúde decaiu. Uma de suas primeiras canções, que voltou a gravar aos 90 anos, foi uma versão de Leroy Carr, que começa com a frase: "Só se lembre de mim, meu bem, quando estiver a seis palmos do chão frio" (Just remember me baby, when I'm in six feet of cold, cold ground).