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Eleições: Conheça a trajetória da candidata Dilma Rousseff

Primeira mulher presidente do Brasil, tenta se reeleger pelo Partido dos Trabalhadores (PT)

• 26/10/2014 às 8:01 • Atualizada em 28/08/2022 às 18:48 - há XX semanas

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Filha de um búlgaro naturalizado brasileiro e de uma professora de quem herdou o primeiro nome, Dilma Vana Rousseff, nasceu em Belo Horizonte em 1947 e entrou para a militância estudantil no ensino médio, em um colégio estadual que era um dos focos da resistência à ditadura militar na capital mineira. “Eu tinha feito o jardim de infância no Isabela Hendrix. E lá não se ensinava a escrever. A gente pintava. Eu entrei no primeiro ano completamente analfabeta. E tinha uma porção de meninas de um colégio chamado 12 de Dezembro. Todas sabiam escrever. E eu, não. Minha mão suava, borrava o caderno. Eu tentava copiar como se fosse desenho sem saber o que estava copiando", disse em Dilma durante entrevista à Folha de S. Paulo sobre ter desenvolvido uma vontade de aprender a ler.
A família Rousseff (da esquerda para a direita): o filho mais velho, Igor, a mãe, Dilma Jane Coimbra Silva, as filhas Dilma Vana e Zana Lúcia, e o pai, Pedro
Deu início ao seu movimento revolucionário, na Organização Revolucionária Marxista - Política Operária (Polop) movimento que, na sua origem, era uma espécie de coalizão de dissidentes e lugar onde conheceu seu primeiro marido, Cláudio Galeno de Magalhães Linhares. O casamento foi em setembro de 1967, com a presença de amigos e familiares compareceram ao cartório. "Eram 30 ou 40 pessoas. Muitos já eram procurados. Se a polícia baixasse ali levaria alguns", disse Galeno, à Folha. Junto com ele, mais tarde, decidiu pela luta armada e se juntou ao Comando de Libertação Nacional (Colina).Após seu marido ser enviado para o Rio Grande do Sul, Dilma iniciou um relacionamento com o chefe da dissidência do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Carlos Franklin Paixão de Araújo. Depois de ser enviada para São Paulo, Rousseff foi presa em janeiro de 1970, em uma emboscada armada pelos policiais em um bar na Rua Augusta, logo depois que seu colega José Olavo Leite Ribeiro também ser capturado.
Foto da ficha de Dilma Rousseff no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo, registrada em janeiro de 1970
Durante esse tempo, Dilma conviveu com militantes e simpatizantes, como Maria Luisa Belloque e Vânia Abrantes, e passou por várias torturas. Após cumprir quase três anos de detenção foi, liberada no final de 1972 com seus direitos políticos cassados por 18 anos. Depois o período na prisão, ela passou a viver em Porto Alegre e aguardou pela libertação de Carlos Araújo com quem acabou tendo sua única filha, Paula Rousseff Araújo, em março de 1976. Cursou ciências contábeis na Universidade Federal do Rio Grande do SUl de 1974 a 1977. Após a volta de Leonel Brizola, Dilma filiou-se em 1980 ao recém-fundado Partido Democrático Trabalhista (PDT). Em 1977, formou-se em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e, logo em seguida, fez parte de um grupo de discussão em São Paulo. Até 1985, trabalhou como assessora de deputados do partido na Assembleia Legislativa do estado. No início da década de 80, Dilma ajudou Leonel Brizola a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT) e se tornou assessora da bancada do partido na assembleia legislativa do Rio Grande do Sul. Após a participação, conseguiu o primeiro cargo executivo ao assumir a Secretaria Municipal da Fazenda. Em seguida, atuou na campanha de Araújo à prefeitura da capital gaúcha e exerceu, por pouco tempo, a diretoria-geral da Câmara Municipal de Porto Alegre. Logo após o fim do mandato do ex-governador do RS, Alceu Collares, Dilma voltou para a Fundação de Economia e Estatística (FEE) até 1977. Em 88, Olívio Dutra (PT) foi eleito governador com o apoio do PDT e Dilma voltou à Secretaria de Energia, Minas e Comunicações, ocupando o cargo até o fim do governo Dutra, em 2003. Dois anos antes, Dilma se filiou ao PT e apoiou a candidatura de Tarso Genro à prefeitura de Porto Alegre. Em 2001, Dilma participou da elaboração do plano de governo do candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva, para tratar dos assuntos relacionadas à área de Minas e Energia. Após a eleição de Lula, Dilma foi indicada a assumir o Ministério de Minas e Energia, e conquistou a admiração não só de Lula, como também de Antonio Palocci, que se tornou membro da coordenação nacional da campanha na primeira eleição da candidata.
Ao assumir o ministério de Minas e Energia, em janeiro de 2003, Dilma desbancou políticos do PMDB e técnicos mais experientes
Durante sua gestão como ministra de Minas e Energia, lançou o programa "Luz para Todos", mas destacou principalmente o embate com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que perdeu no primeiro turno das eleições para presidente do Brasil em 2014, que tentou cancelar diversas obras do setor elétrico devido aos ricos ecológicos que poderiam ser apresentados.Após a queda de José Dirceu, por conta do escândalo do mensalão, Lula indicou Dilma como ministra-chefe da Casa Civil e teve de enfrentar o caso do dossiê com detalhes sobre os gastos da família de Fernando Henrique Cardoso, quando ainda era presidente. Em 2008, a revista "Piauí, Lula contou conheceu Dilma Rousseff. "Eu sabia que ela era secretária do Olívio Dutra, mas não tinha muito contato, até porque ela era do PDT. Quem cuidava do meu grupo de energia era o Pinguelli Rosa. Então, a gente tinha, a cada ano, três, quatro reuniões com vários engenheiros do setor energético. Já próximo de 2002, aparece por lá uma companheira com um computadorzinho na mão. Começamos a discutir e percebi que ela tinha um diferencial dos demais que estavam ali porque ela vinha com a praticidade do exercício da Secretaria de Minas e Energia do Rio Grande do Sul. Aí eu fiquei pensando assim: acho que já encontrei a minha ministra aqui. Ela se sobressaiu em um reunião com quinze pessoas. Pela objetividade e pelo alto grau de conhecimento do setor. Foi assim que ela apareceu no meu governo", contou.
Em 2008, os rumores de que ela seria a candidata do PT às eleições após os dois mandatos de Lula, ganharam força. E por decisão no dia 31 de outubro de 2010, através do segundo turno, Dilma foi eleita a primeira mulher presidente do Brasil com 56,05% dos votos válidos, tendo com vice Michel Temer, do PMDB.Durante seu mandato, Dima priorizou um comportamento mais discreto, diferente do seu antecessor. Por esse tempo, a candidata enfrentou crises internacionais, como escândalos envolvendo ministros, e momentos turbulentos, como as recentes manifestações que tomaram as ruas de todos os estados da nação e acabou derrubando a aprovação de seu governo. Agora, em 2014, Dilma tenta a reeleição como Presidente da República. No primeiro turno ela disputou a vaga com os candidatos Aécio Neves (PSDB), que obteve 34.897.211 votos; Marina Silva (PSB), com 22.176.619 votos - que substituiu o candidato Eduardo Campos que faleceu em um trágico acidente de avião em Santos (SP); Luciana Genro (PSOL), que conseguiu 1.612.186 votos; Pastor Everaldo (PSC), que somou 780.513 votos; Eduardo Jorge (PV), que conseguiu 630.099 votos; e Levy Fidelix (PRTB) que apareceu com 446.878 votos. Dilma apareceu com 43.267.668 votos e disputa o cargo com Aécio Neves no segundo turno.

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