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SALVADOR

Médica ficará em cela isolada de detentas no Presídio Feminino

Ela é investigada pelas mortes dos irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes, 21 e 22 anos

• 17/10/2013 às 13:41 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:20 - há XX semanas

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A médica Kátia Vargas Leal Pereira, 45 anos, está na central médica do Presídio Feminino, no Complexo Penitenciário da Mata Escura. Ela ficará em uma cela especial, separada das demais detentas, até o julgamento. De acordo com a delegada Jussara Souza, titular da 7ª Delegacia Territorial (DT/Rio Vermelho) , a oftalmologista ainda necessita de medicação. "Ela no momento se encontra na central médica e posteriormente será levada para cela reservada, que é uma cela como qualquer outra, mas apenas separada das outras internas. Ela apenas está em fase de adaptação, ainda tomando medicação controlada para posteriormente ser conduzida a uma cela especial", disse Jussara para a TV Record. Kátia é investigada pelas mortes dos irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes, 21 e 22 anos, em acidente na última sexta-feira. Ela deixou o Hospital Aliança às 9h15 desta quinta-feira (17), em uma viatura da 7ª DT. Segundo o repórter do CORREIO Gil Santos, que acompanhou a saída da oftalmologista, Kátia estava chorando, com o rosto entre as mãos, e segurando um terço. Ela estava acompanhada pela delegada Jussara e ficou sentada na viatura entre dois policiais, enquanto tentava cobrir o rosto. De acordo com a delegada, Kátia ficou em silêncio no interrogatório realizado no Presídio Feminino. "Tudo seguiu dentro da normalidade. Estiveram presentes os promotores de justiça e os advogados. Nós procedemos ao interrogatório e estamos em fase conclusiva do inquérito. Temos prazo até sexta-feira para encaminhar à Justiça e assim iremos fazer. Ela foi orientada a dizer que só falaria na presença do juiz". Ainda nesta sexta-feira, a mãe das vítimas prestará depoimento na 7ª DT.
Kátia Vargas deixou Hospital Aliança em viatura da Polícia Civil (Foto: Jurimar Soares)
Segundo o promotor David Gallo, a médica será denunciada pelo Ministério Público do Estado da Bahia por homicídio qualificado — por motivo torpe (intenção de vingança), por colocar a vida de terceiros em perigo e pela impossibilidade de defesa das vítimas, que estavam de costas para a médica e com um veículo de menor porte. Nesta quarta (16), foi ouvida a oitava testemunha do acidente. A delegada Acácia Nunes explicou que os depoimentos colhidos são convergentes e só reforçaram a teoria de que a médica tinha intenção de matar os irmãos no acidente. Médica fala em suicídio O laudo emitido pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), a pedido do MP, contesta o boletim médico expedido no início da tarde de ontem pelo Hospital Aliança que informava a necessidade da médica ficar em observação no hospital mais 48 horas. Kátia disse ao médico legista do DPT que pensa em cometer suicídio. Para o advogado da família das vítimas, Daniel Keller, o laudo emitido pelo DPT não aponta qualquer indício de suicídio por parte da médica. Daniel afirmou ainda que Kátia teria sido orientada pela defesa a fazer essa afirmação. "Isso não existe. Foi orientação da defesa para que ela afirmasse isso", disse ao Correio24horas.
Segundo a polícia, médica seguiu moto com irmãos em alta velocidade
Hospital Aliança e Samu na mira do MP Na terça-feira, a Justiça decretou a prisão preventiva da médica e deu um prazo de 24 horas para que o hospital informasse o estado de saúde de Kátia. De acordo com o promotor Nivaldo Aquino, o MP-BA vai apurar se a direção do hospital e o Samu, que socorreu a oftalmologista após o acidente, obstruíram o trabalho da Justiça. “Vamos avaliar se houve uma violação da norma penal”, afirmou Aquino. Segundo David Gallo, foi enviado um questionário para o diretor do hospital questionando quem recepcionou a médica, qual o procedimento padrão do hospital ao receber criminosos e a especialidade do médico que acompanhou Kátia. O Samu, por sua vez, terá que explicar o motivo da médica ter sido conduzida para um hospital particular. “Nesses casos (prisão em flagrante), a lei diz que o suspeito deve ser encaminhado para um hospital público”, ressaltou Gallo. Matéria original do Correio Médica ficará em cela isolada de detentas no Presídio Feminino

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