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MÚSICA

Olodum: 35 anos de história e cultura

Relembre a trajetória de um dos blocos afro mais conhecidos internacionalmente

• 22/02/2014 às 10:00 • Atualizada em 30/08/2022 às 21:14 - há XX semanas

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Bloco Afro Olodum foi fundado no ano de 1979
'Ashanti – O Trono Dourado e a Rainha Yaa Asentweaa'. Este é o tema a ser explorado pelo Olodum no Carnaval de 2014, ano em que o bloco comemora 35 anos de existência. Fundado no ano de 1979 , o grupo é, além de uma banda, uma organização não-governamental do movimento negro brasileiro. Além de contribuir com o agito no Carnaval de Salvador, o Olodum encabeça vários projetos sócio-culturais, em sua maioria concentrados na revitalização do Centro Histórico de Salvador. É o caso do Projeto Educacional da Escola Olodum, que contribui para a capacitação de cerca de 360 crianças e adolescentes em áreas como informática, percussão, dança afro e cidadania afro-brasileira. "A Escola do Olodum tem hoje 461 alunos. É uma escola modelo, que contribuiu para gerar o Afro-Reggae, no Rio de Janeiro, a Escola do Araketu, o Grupo Quilombo, em Aracaju, entre outros", declara João Jorge, presidente do Olodum.
Banda Olodum
No Carnaval, os temas sempre remetem a questões históricas e culturais, sendo expressados por fantasias inspiradas na influência da cultura africana em Salvador. Praticamente todas as peças e acessórios trazem o emblema do bloco, composto pelas cores verde, vermelho, amarelo, preto e branco. Cada uma carrega um significado específico, sendo, respectivamente: as florestas africanas, o sangue do povo negro, o ouro da África, o orgulho da raça negra e a paz mundial. As composições da Banda Olodum só vieram a ser reunidas em um disco no ano de 1987. Planejado com o intuito de homenagear as raízes africanas do grupo, o LP 'Egito, Madagascar', estourou na Bahia com a música 'Faraó', contribuindo de forma decisiva para o reconhecimento internacional do grupo, que passou a se apresentar em países da Europa, da América do Sul e no Japão. Estabelecendo parcerias com diversos nomes da música nacional e internacional, o Olodum participou, em 1988, da gravação de 'Me Ama Mô', da cantora Simone. A faixa integra o álbum 'Simone', lançado em 1989. Já no ano seguinte, em 1990, o Olodum conheceu o auge de sua popularidade quando foi convidado para participar da canção 'The Oblivious Child', de Paul Simon, e do vídeoclipe 'The Rhythm of the Saints', exibido em mais de 100 países. A parceria com o cantor norte-americano aumentou exponencialmente a visibilidade do grupo, que posteriormente gravou com nomes de peso da música, a exemplo de Michael Jackson, Wayne Shorter, Herbie Hancock, Jimmy Cliff, Herbiee Hanncok, Zig Marley e Caetano Veloso.
Paul Simon canta ao lado do Olodum em 1990
Ao todo, foram 49 parcerias nacionais e internacionais. Para João Jorge, Michael Jackson e Paul Simon foram algumas das mais significativas: "É por isso que o Olodum é a única banda baiana que é mundialmente conhecida. Essas parcerias deram visibilidade ao Pelourinho, à Bahia e ao Brasil. Depois de Pelé e do futebol, o Olodum é a marca brasileira mais conhecida do mundo", orgulha-se. Celebrando toda essa trajetória de sucesso e reconhecimento, o Olodum chega em 2014 homenageando o país africano de Gana. O auge das comemorações vai acontecer no Carnaval, momento no qual a banda apresentará o repertório composto especialmente para a ocasião, entre elas a canção 'Samba Reggae', lançada recentemente em parceria com a Sony Music. Composta por Paul Simon, a canção é a primeira de muitas outras, que serão lançadas no dia 25 de cada mês, em referência à data em que o grupo foi fundado. "Vários países africanos influenciaram a comida da Bahia, o jeito de o Olodum tocar o tambor. O povo Ashanti é um dos mais importantes de Gana e influenciou o Olodum em vários aspectos. A Bahia precisa conhecê-los", acredita João Jorge. Os projetos especiais do Olodum não se restringem ao Carnaval. A banda está se preparando para uma turnê que vai passar por diversos países e para a gravação de um DVD, prevista para acontecer no mês de abril. Ainda em 2014, deve ser lançado um livro focado na história deste que é um dos mais tradicionais blocos-afro do Brasil. Fotos: Divulgação

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