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SALVADOR

Prefeitura quer marcar 300 vagas de Zona Azul por mês na cidade

Vias que antes tinham presença constantes de guardadores clandestinos já estão demarcadas. Aos guardadores clandestinos é dada a opção de regularizar sua situação antes da implantação

• 06/11/2013 às 7:55 • Atualizada em 26/08/2022 às 20:47 - há XX semanas

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Aos poucos, os muitos flanelinhas que são vistos nas ruas de Salvador vão sendo substituídos por guardadores com colete padrão, boné, apito e cartelas da Zona Azul, que permitem estacionar em via pública. O objetivo da Transalvador é demarcar, de agora em diante, 300 novas vagas de Zona Azulpor mês. Desde o início do ano, segundo o órgão, 600 vagas já foram regulamentadas. Vias que antes tinha presença constantes de guardadores clandestinos já estão demarcadas, como a Rua Afonso Celso, na Barra, e as marginais da Avenida Garibaldi. Ontem, através de publicação no Diário Oficial do Município, a prefeitura regulamentou 48 vagas na Rua General Argolo, perto da Estrada da Rainha. O estacionamento funcionará das 7h às 19h de segunda a sexta e das 7h às 14h aos sábados. Na ruas e avenidas regulamentadas, paga-se R$ 3 por duas horas de estacionamento, R$ 6 por seis horas e R$ 9 por 12 horas. Nas vagas da orla, o valor é de R$ 6 por até 12 horas de parada. “A principal função da Zona Azul é democratizar o espaço público. Uma pessoa não pode deixar seu carro o dia inteiro na rua, por isso usamos a lógica do estacionamento rotativo pago. E com a Zona Azul temos o guardador regulamentado, que garante a qualidade do serviço ou permite que o usuário faça uma reclamação”, explica Fabrizzio Muller, titular da Transalvador. Uma lei municipal sancionada este ano pelo prefeito ACM Neto proíbe a atividade irregular de guardadores de carro em via pública. Aos guardadores clandestinos é dada a opção de regularizar sua situação no Sindicato dos Guardadores de Veículos Automotores da Bahia (Sindguarda), antes do início da implantação do Zona Azul na sua área de atuação. Para se filiar é preciso ir à sede do Sindguarda, no Tororó, com os documentos listados no site: www.sindguarda.com. Entre os documentos estão carteira de trabalho, certidão de quitação eleitoral e antecedentes criminais. “Isso é uma segurança para o nosso trabalho e uma exigência do Ministério Público do Trabalho”, diz Melquisedeque Souza, presidente do Sindguarda. “Esse aumento tem dado uma oportunidade de tirar trabalhadores da clandestinidade, dar maior tranquilidade às pessoas que estacionam na rua”, avalia Souza. Disputa Mas alguns guardadores regularizados têm que enfrentar os flanelinhas. Foi o caso de Juarez da Conceição, 40 anos, que está há 19 na profissão e atuava no Comércio. Agora, trabalha numa marginal da Garibaldi.
Área de estacionamento que fica atrás do Shopping Iguatemi foi regulamentada na semana passada
O flanelinha que marcava ponto na área não apresentou a documentação exigida pelo Sindguarda e queria insistir no trabalho. “Ontem (anteontem) ele (o flanelinha) estava aqui agressivo e precisei parar uma viatura da PM. Aí levaram. Quem chega novo no local, como eu, tem que se adaptar a tudo”, conta Juarez. Na Barra, alguns flanelinhas se regularizaram, entre eles João Paulo, 19 anos, um dos quatro guardadores da Rua Afonso Celso. Ele acha que a padronização é importante, mas reclama do valor que recebe pelo serviço. João afirma que ganhava cerca de R$ 25 por dia como flanelinha e agora fatura menos. “Do dinheiro que a gente recebe, não fica quase nada e ainda tem que pagar todo mês uma taxa (R$ 30) ao sindicato”, reclama. A cada R$ 3 pagos para permanência de até duas horas nas vagas de Zona Azul, o guardador recebe R$ 0,85, R$ 0,15 vão para o Sindguarda e a prefeitura fica com R$ 2. Na opinião do superintendeste da Transalvador, a divisão é justa. “Precisamos considerar que existe toda uma estrutura de fiscalização e sinalização por trás do estacionamento e, além disso, a arrecadação serve para outras obras de melhorias em toda cidade”, justifica Muller. Motoristas Do valor pago, os motoristas ouvidos pelo CORREIO não reclamam. O comerciante Pedro Ribeiro, 32, costuma visitar parentes na Barra e aprovou a Zona Azul. “É um preço fixo e você tem a tranquilidade de que alguém realmente vai olhar seu carro”, disse. Mas, segundo os guardadores, o que mais ouvem é reclamação na hora do pagamento. Na área de Zona Azul criada na quinta-feira passada atrás do Shopping Iguatemi, por exemplo, a concorrência é grande. Quando o CORREIO esteve no local, ontem, percebeu que boa parte dos usuários, após questionar a cobrança aos guardadores, preferia usar o estacionamento do shopping. “As pessoas, na verdade, não gostam de pagar”, diz o guardador Romilso Carvalho, 35. Para tentar evitar calotes, o sindicato pretende ganhar na base do barulho. Por isso, em breve, todos os guardadores terão apitos, “para evitar que as pessoas saiam sem pagar”, diz Melquisedeque Souza. Venda de cartelas no comércio não teve adesão Desde setembro, comerciantes podem distribuir e revender cartelas de Zona Azul em seus estabelecimentos. Porém, até agora, não houve procura pelo serviço na Transalvador. “Ainda não é cultural a venda de Zona Azul em bancas de jornais ou outros comércios, como já acontece em outras cidades, como o Rio de Janeiro e São Paulo. Pretendemos investir em divulgação”, disse Fabrizzio Muller, titular da Transalvador. Este serviço é possível porque a responsabilidade de fixar a cartela de Zona Azul dentro do carro é do condutor, sem que necessariamente o guardador tenha que estar presente. Os comerciantes podem comprar a cartela e revender pelos mesmos valores vigentes para cobrança nas ruas. Então, o condutor preenche e deixa no painel. Porém, o presidente do Sindguarda não vê a medida com bons olhos, pois acha que isso desvaloriza os guardadores. “Nossa equipe é, praticamente, um agente da segurança, é importante a presença do guardador autorizado”, argumenta Melquisedeque Souza. Matéria original do Correio Prefeitura quer marcar 300 vagas de Zona Azul por mês na cidade

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