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Presidente da Fieb mostra como Alemanha reduziu diferenças

País com dois terços do território baiano fez um dos maiores programas de transferência de renda na reunificação e cita os alemães como exemplo de superação de desigualdade regional para o nosso estado

• 13/11/2013 às 19:12 • Atualizada em 02/09/2022 às 1:18 - há XX semanas

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Mascarenhas cita a Alemanha como referência de superação
Na busca pela redução das desigualdades regionais, o Brasil e a Bahia têm muito o que aprender com um país que só passou a existir como hoje é conhecido há pouco mais de 20 anos: a Alemanha. O exemplo foi transmitido, ontem de manhã, no segundo dia do Fórum Agenda Bahia 2013, pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), José de Freitas Mascarenhas.
“Talvez o mais interessante exemplo recente de redução das desigualdades regionais seja o da reunificação da Alemanha. Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, a Alemanha Ocidental teve que pagar o preço da absorção da Alemanha Oriental”, lembrou Mascarenhas.
Após a reunificação, a Alemanha Ocidental, capitalista e desenvolvida, fez um ousado programa de transferência de recursos para a Oriental, ex-comunista e com índices de desenvolvimento bem mais baixos, a fim de reduzir as desigualdades regionais, como lembrou o presidente da Fieb.
“O lado ocidental empregou em torno de 1,3 trilhão de euros de transferências para o desenvolvimento do lado oriental”. A renda per capita do lado oriental representava, então, apenas 30% do ocidental. “De 2001 a 2009, o programa elevou esse índice de 30% para 50%”, explicou Mascarenhas. “A população fez um esforço enorme, pois foi preciso aumentar os impostos. As desigualdades reduziram muito, mas as diferenças ainda persistem”, ponderou.
O presidente da Fieb lembrou que a Constituição Federal de 1988 criou alguns fundos de financiamento para reduzir as desigualdades no Nordeste. “Atualizando a preços de 2013, tudo que se aplicou aqui no Nordeste significa US$ 11 bilhões. Nada que se compare ao 1,3 trilhão de euros da Alemanha”, comparou Mascarenhas. “Evidentemente que o Brasil é diferente da Alemanha, e temos que reconhecer isso. Mas a diferença no volume
de recursos mostra que estamos muito longe dos investimentos que poderiam tornar o Nordeste mais competitivo”, completa.
Segundo Mascarenhas, o lado europeu também é um bom exemplo. “Desde 1990, a União Europeia vem apresentando um programa de investimentos maciços nos países de menor desenvolvimento”, disse Mascarenhas. “Buscando a maior coesão e redução das disparidades locais, foram aplicados recursos da ordem de 235 bilhões de euros em uma política de desenvolvimento regional e os principais beneficiários foram países mais
pobres como Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda”, exemplificou.
Baixo investimento O presidente da Fieb criticou a inexistência de uma política efetiva de desenvolvimento regional no Brasil, com foco nas regiões menos desenvolvidas - Norte e Nordeste. Ele criticou a baixa alocação de recursos por parte do governo federal para programas criados no passado, como a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), nos anos 1960, no governo do presidente Juscelino Kubitschek. A Sudene foi desativada 20 anos depois e recriada em 2007.
“Não há, hoje, um plano efetivo de desenvolvimento regional por parte do governo federal”, criticou. Segundo ele, apesar de iniciativas como a do Ministério da Integração Nacional, de criar um plano nesse sentido, não há alocação de recursos suficientes para as regiões mais pobres.

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