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Presidente da Oi renuncia ao cargo na empresa de telefonia

Moçambicano que presidia a Oi desde junho de 2013. Dívida da empresa era de R$ 30 bilhões no começo de 2014

• 08/10/2014 às 9:50 • Atualizada em 01/09/2022 às 19:32 - há XX semanas

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Zeinal Bava, presidente da Oi, renunciou ao cargo e será substituído interinamente por Bayard Gontijo, que deve continuar como diretor de finanças e relação com investidores até que o conselho de administração defina o novo presidente. No documento enviado à Comissão de Valores de Mercado (CVM), em que são relatadas as mudanças, não há uma justificativa para a decisão de Bava. O ex-presidente da companhia foi um dos mentores da fusão entre a operadora brasileira e a Portugal Telecom (PT). De acordo com a publicação do jornal Folha de São Paulo, Dava vinha enfrentando a pressão dos sócios brasileiros da Oi desde meados deste ano, quando veio à tona um "empréstimo" de € 897 milhões da Portugal Telecom para a Rio Forte, empresa do Grupo Espirito Santo, um dos maiores acionistas da PT.
Empréstimo e DívidasA transação, desconhecida dos sócios brasileiros, ocorreu após a "due dilligence" (investigação sobre a situação da empresa) feita nas operadoras antes da fusão, anunciada há um ano. Bava negou que tivesse conhecimento do negócio, ainda assim, perdeu a confiança dos sócios brasileiros - Andrade Gutierrez e a La Fonte. Sem capacidade de quitar a dívida foi preciso transformá-la em ações da Oi que ficarão em tesouraria (não estarão circulando) até ela seja paga, o que reduziu a participação dos sócios portugueses na companhia. Pelos termos anunciados em abril, quando foi anunciada a operação de capitalização e fusão, a Portugal Telecom ficaria com 38% da "nova Oi". Agora, sua participação foi reduzida a 21% do capital total da empresa. À medida que a dívida for paga, a Portugal Telecom recompra essas ações e retoma sua fatia na operadora. Parceria O moçambicano que presidia a Oi desde junho de 2013, foi o terceiro presidente em seis anos e conduzia a fusão como uma forma de reduzir o endividamento da companhia para que ela possa voltar a ser competitiva no acirrado mercado das telecomunicações. A dívida da Oi chegou a R$ 46 bilhões no segundo trimestre –era de R$ 30 bilhões no início de 2014– e, por isso, a tele desistiu do leilão no mês passado das licenças adicionais do 4G, serviço de internet móvel ultrarrápida. Atualmente, técnicos da Anatel estudam medidas para ajudar a empresa a recuperar o fôlego e dar continuidade ao seu plano de compra da TIM em parceria com Claro e Vivo ou de fusão com a subsidiária da Telecom Italia no país.

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