Quem vê Thais Carla ao lado das filhas não imagina que a dançarina chegou a acreditar que nunca poderia ser mãe. Hoje militante, ela foi induzida e podada no passado pelo preconceito. Uma barreira que acabou superada com o passar dos anos e das experiências. Para a baiana, ser mãe foi uma construção.
”Foi algo construído com o tempo, porque a sociedade me dizia que mulher gorda não podia engravidar".
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A maternidade chegou na vida da dançarina há pouco mais de 6 anos, quando engravidou de Maria Clara. Depois, chegou Eva, que hoje tem 3 anos. Junto com elas, mudanças e responsabilidades que Thais leva como experiência para seguir na criação das pequenas. Mas, ainda assim, se vê insegura. Foi o que também revelou em entrevista ao iBahia para o especial de Dia das Mães.
”Mudou muitas coisas… a responsabilidade, entender o que o amor de uma mãe para o filho e o que é amor incondicional, mas também tem os lados ruins. Um deles é a inseguranças porque me pergunto 'será que sou uma boa mãe?'. Entretanto, essas inseguranças me fazem cada dia me esforçar pra ser uma mãe melhor. Não vou dizer que só tem coisas boa, também tem seus lados ruins. Nada é perfeito”.
Hoje, Thais não pensa em ter outros filhos. No entanto, se viessem, a dançarina estaria pronta para recebê-los. Os traumas enfrentados durante o processo de dar à luz, por ser uma mulher gorda, ficaram no passado. ”Eu superei, sou uma mulher poderosa e consigo apagar coisas ruins da minha mente rápido”, contou.
Um poder que tornou Thais um símbolo de representatividade e a deu um motivo para comemorar. ”Pra mim é muito gratificante, fico muito feliz em empoderar outras mulheres e ser essa porta voz que defende e luta pelas minhas causa", enfatizou.
Questionada sobre o que precisa mudar no sistema de saúde público e privado para a acessibilidade de mulheres gordas ao parto, a dançarina enfatiza a empatia. ”Primeiro começar mudando as estruturas e também trabalhar com mais empatia".
Redação iBahia
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