Santa Bárbara é considerada a padroeira do Corpo de Bombeiros. Isso porque a corporação trabalha com o fogo e, muitas vezes, atendem ocorrências provocadas por tempestades e raios.
Após a realização da missa campal na ladeira do Pelourinho em homenagem à Santa, a procissão seguiu até o quartel do 1° Grupamento de Bombeiros Militar (1°GBM) acompanhada pela corporação.
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Ao chegar na sede dos Bombeiros foi ofertado um caruru para 300 pessoas, por volta de 12h. Para o preparo, a coordenadora de cozinha do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Jaqueline Bispo, responsável pelo preparo da comida, conta que a refeição começou a ser feita por volta das 5h.
"Fizemos o pré-preparo durante a semana, cortando o quiabo em rodelas, como manda a tradição de Santa Bárbara. Hoje, colocamos tudo para cozinhar e precisamos aferir a temperatura para que essa comida seja feita com qualidade e segurança alimentar", disse Jaqueline Bispo.
Para fazer a festa dos devotos foram usados 2 mil quiabos, 80 quilos de frango, 12 quilos de arroz, 300 pães para o vatapá, 10 quilos de camarão defumado, 10kg de farofa e 5 quilos de amendoim batido.
No local, os devotos ainda tomaram banho de água benta, lançada pela vovó - a viatura mais antiga do Corpo de Bombeiros da Bahia, em funcionamento desde o ano de 1912.
Os festejos à Santa Bárbara abrem o calendário de festas populares em Salvador. A festa é reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia há 15 anos pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBa), através do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC).
Amor e devoção
Ainda segundo Jaqueline, o ingrediente especial da preparação da refeição, feita para tantas pessoas há 10 anos, é o amor.
"Eu amo Santa Bárbara. Mesmo meu Bahia tendo jogado ontem uma bola horrorosa, eu cheguei hoje com tanto empenho, com tanto amor, para Santa Bárbara. Até porque é ela que nos protege sempre, ilumina nossos caminhos".
Devota, ela contou ao iBahia que Santa Bárbara entrou na vida dela em um momento difícil, após ser vítima de um assalto.
"Eu sou devota há 10 anos. Foi quando eu passei por um assalto. E aí era semana de Santa Bárbara e aí eu pedi a ela proteção. Eu nunca fui devota de santo nenhum, mas minha mãe era devota de Santa Bárbara e aí eu fiquei com as santas dela. Ela está no meu carro, na minha casa e na minha vida", contou.
Santa Bárbara e os Bombeiros
Há algumas décadas, o Mercado de Santa Bárbara, no Centro Histórico de Salvador, pegou fogo. A imagem da Santa, então, foi levada para o quartel da Barroquinha, onde permaneceu até que o imóvel fosse restaurado.
Na época do incêndio, os devotos pediram proteção à Santa para que os bombeiros militares conseguissem combater as chamas, o que foi alcançado. Desde então, a imagem entra no quartel durante a procissão, em sinal de respeito e agradecimento.
AUTOR
Nathália Amorim
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Nathália Amorim
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