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Saúde

Produtos de higiene humana podem ser utilizados nos pets? Saiba aqui!

Especialista esclarece sobre o uso de shampoos, talco, creme dental, entre outros itens

Da Redação • 24/07/2023 às 9:51 - há XX semanas

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					Produtos de higiene humana podem ser utilizados nos pets? Saiba aqui!
Divulgação/ Canva

Quando os produtos de higiene dos pets acabam e os gastos mensais ultrapassam o esperado, há quem recorra a itens destinados a humanos para usar nos animais. No entanto, essa prática pode causar diversos danos como os respiratórios ou alérgicos, já que o pH da pele humana é diferente dos identificados nos cães e gatos. Por se tratar de espécies diferentes, com características distintas, os produtos e remédios devem ser desenvolvidos respeitando cada uma delas.

O pH é a unidade de medida que estabelece o nível de acidez ou alcalinidade de uma substância da pele, ele varia de acordo com as espécies. O pH da pele humana, por exemplo, varia entre 4,5 e 5,9, já o dos cães está entre 6,3 e 7,5, e os gatos possuem um pH entre 7 e 7,5. Logo, não é indicado usar shampoos, condicionadores, sabonetes, perfumes, talcos, cremes dentais e demais produtos de higiene humana nos pets.

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Professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Salvador (UNIFACS), Marcos Mendonça explica que os cães e gatos possuem oleosidade natural na pele para a proteção da epiderme. Sendo assim, produtos destinados a humanos, a exemplo do shampoo, pode fazer uma limpeza mais profunda, retirando em excesso a camada de oleosidade que protege a pele dos pets. “A consequência disso pode ser pequenas fissuras e a possibilidade do surgimento de bactérias ou fungo”, esclareceu o profissional.

Reações adversas

Outros produtos como o talco de bebê e o creme dental, também são contraindicados conforme o especialista.

“No caso do talco, ele atinge o sistema respiratório do animal, sendo capaz de ocasionar alergias respiratórias, já que os bichos têm uma sensibilidade respiratória no mínimo 10 vezes maior que a do ser humano. O creme dental, mesmo aqueles feitos para as crianças, pode agredir a saúde do animal, a composição do produto não foi feita para atender as necessidades dos pets, assim os corantes utilizados e a quantidade de flúor não são recomendados”, alerta Marcos Mendonça.

A utilização desses produtos pode acarretar reações alérgicas como espirro, tosse, engasgo ou edema de glote – inchaço na garganta, que impede a passagem de ar para os pulmões. Sintomas na pele podem ser identificados se o animal tiver a pelagem mais. Inchaço nos olhos e diarreia também podem ser sinais de alergias.

Os cuidados e os produtos que podem ser utilizados na higiene dos pets devem ser indicados pelo veterinário para evitar contaminações, que podem ocorrer por via oral ou pela absorção do produto através das mucosas. Nestes casos, é preciso levar o pet ao veterinário para que possa ser examinado e tratado o mais rápido possível a fim de evitar agravamento do quadro clínico.

Rotina de banho dos pets

Conforme aponta o profissional, o intervalo de tempo para dar banho nos cachorros dependem de três fatores:

Fator ambiental – se o animal tem contato com a área externa, se ele tem acesso a rua, ou até mesmo se vive em um quintal, é recomendado um banho por semana, não sendo necessário utilizar produtos de limpeza em todos os banhos.

Raça do animal – animais de pelagem mais longa precisam ser penteados uma vez ao dia. Se esse cuidado for feito, ele pode tomar banho de 15 em 15 dias, e o dono pode optar pela tosa bebê, procedimento que diminui o comprimento dos pelos e facilita a limpeza do pet.


				
					Produtos de higiene humana podem ser utilizados nos pets? Saiba aqui!
Divulgação/ Canva

Clima – as condições climáticas também interferem na quantidade de banho. Em períodos de chuva e frio, não é recomendado, pois os pelos tendem a ficarem mais úmidos, podendo causar problemas de pele e respiratórios. Mesmo em climas mais quentes, quando o animal pode ser molhado para diminuir o calor, é indicado secar bem os pelos. “Se o animal ficar molhado por muito tempo, ele acaba propiciando a formação de fungo, o crescimento fúngico e bacteriano no pelo. Isso pode causar problemas dermatológicos sérios”, adverte o médico veterinário.

No caso dos gatos, ao contrário dos cachorros, eles possuem uma demanda menor por banho. Por isso, não são necessários banhos de maneira contínua. Se o felino estiver saudável, sua pelagem em boas condições e não apresentar sujeiras visíveis, suas lambidas bastam. Caso seja necessário dar banho no bichano, também é necessário secar seus pelos.

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