Um praticante de break dance passou por uma situação inusitada e desagradável. Afinal, teve que passar por uma cirurgia por ter ficado muito tempo girando sobre a cabeça. Assim, acabou desenvolvendo uma considerável deformação.
A protuberância é bem documentada na comunidade de breakdance. No entanto, ela é pouco estudada na medicina. Ela surgiu no dançarino após 19 anos de carreira. O caso de "cabeça de cone" foi publicado em artigo médico na revista "BMJ Case Reports".
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O praticante de break participava de treinos cinco vezes por semana, uma hora e meia por dia. Ele chegava a ficar até 7 minutos aplicando pressão enquanto fazia o giro da cabeça.
Contudo, a deformação foi ficando bastante visível, uma vez que aumentou de tamanho consideravelmente e ficou mais sensível, obrigando o dançarino a usar um chapéu para cobrir a "nova formação de cone" na cabeça.
Assim, o homem, que não teve a identidade revelada, decidiu procurar ajuda médica. Assim, removeu a protuberância. Ele chegou a fazer exames para descartar câncer e outras doenças, até que se chegou à conclusão de que tinha um "buraco de giro na cabeça".
"Este artigo não é contra a rotação da cabeça. No entanto, dançarinos de break que notarem o desenvolvimento precoce de uma protuberância de breakdance devem considerar reduzir ou evitar as rotações da cabeça, pois continuar pode levar a um aumento ainda maior da protuberância. Embora esta seja uma condição rara exclusiva de dançarinos de breakdance, o tratamento cirúrgico bem-sucedido neste caso demonstra que é uma opção viável para o alívio dos sintomas e melhor qualidade de vida para os indivíduos afetados", declarou o médico Christian Baastrup Sondergaard, um dos autores da publicação, antes de completar:
"Como apenas um caso anterior foi relatado, este caso acrescenta informações valiosas à literatura médica. Pode incentivar mais estudos sobre lesões de breakdance, possivelmente identificando outras condições ou mecanismos de lesão subnotificados".
Por fim, o dançarino celebrou o resultado da cirurgia e a melhora na aparência e autoestima.
"Agora é possível sair em público sem boné ou chapéu, o que é, claro, uma sensação muito boa. Recebi muitos comentários positivos e as pessoas dizem que parece bem feito, que tenho uma cicatriz bonita e que minha aparência geral melhorou significativamente. Muitos dizem que não notam mais que tenho um galo e que minha cabeça parece completamente normal".
Mauricio Louro
Mauricio Louro
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