"88.7 no radinho"... O baiano que nunca ficou com esse jingle na cabeça que atire a primeira pedra. A música - que já esteve na voz de diversos cantores -, representa a rádio Bahia FM, que neste mês completa 10 anos. Como essa década não poderia passar em branco, a rádio celebra com mudança na grade para uma nova programação especial para o ouvinte, além de novidades no aplicativo.
Tem novidade chegando aí!
No dia 13 de maio, às 20h, a Bahia FM vai comemorar uma década de sucessos na 'Festa das Patroas', que será realizada no Wet'n Wild. Mas, além disso, algumas coisas irão surgir para a celebração. "O jingle da Bahia FM deu uma repaginada, chamamos o Luciano Pinto, o arranjador musical de Claudia Leitte e pedimos que ele trouxesse uma nova roupagem para modernizar através do raggaeton, ele foi lançado na terça-feira (2) pela manhã", afirma Maurício Habib, coordenador da rádio.
Além do single, a programação também sofreu alterações. "A grade também mudou, o 'Manhã Total' deu lugar à 'Estação 88' que abre o fim de semana com música romântica aos sábados e samba aos domingos, também levando informação. O 'Ligadão' ocupa o 'Swingueira' no fim de semana e traz aos ouvintes o forró, o arrocha. A nova programação também é marcada pela volta de um programa romântico a noite na rádio, tiramos o 'Toque Coração' que acontecia durante a tarde e colocamos das 20h às 1h. Ficamos dois anos e meio com o 'Vuco Vuco' durante a noite, com Nanny Moreno, que assume um programa pela tarde", conta.
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"Tô ligado, tô ligado, tô colado em você"
Quando Maurício Habib, Luís Moreira e Júnior Moreno foram questionados sobre o que mais marcou a trajetória deles durante o tempo que trabalham na rádio, a resposta foi objetiva: o jingle. "O jingle 'Tô Ligado' foi o marco da Bahia FM, ele trouxe uma identidade para ligar a rádio. No início até chamavam de "rádio Tô ligado", é algo que marca até hoje, ele está há nove anos praticamente e acho que não sai tão cedo", conta Habib.
"O jingle 'Tô Ligado' é muito forte, antes mesmo de trabalhar aqui como gestor ao ouvi-lo me dava alegria. Por mais que não curta o estilo musical não tem como não se envolver com o hit. E você pode ver isso na Bahia FM, desde o primeiro ano até hoje - mesmo com mudança no cenário musical e programação -, uma coisa se mantém: a alegria. Muitas vezes venho trabalhar ouvindo a rádio para chegar energizado", explica Luís Moreira, gerente executivo da Bahia FM.
Para Júnior Moreno, além do hit, houve outra coisa que marcou sua carreira de locutor na rádio: "As transmissões dos eventos, como o Festival de Verão onde o Brasil inteiro acompanha a rádio pela internet. Uma vez estava na praia de Fortaleza e tinha uma pessoa ouvindo um CD de um dos festivais, vez ou outra saia a vinheta da rádio e isso foi bem marcante. Além do jingle, que todo mundo sabe cantar".
Selminha de Brotas - como é chamada uma das fãs da rádio -, relembra como passou a ficar ligada na rádio: "Eu ouço a Bahia FM há sete anos, não esqueço da primeira vez quando participei do 'Fuzuê' com o cantor Xanddy do Harmonia. Aquele momento foi tudo, fiquei super feliz e bastante emocionada, pelo carinho de Xanddy, dos locutores e de toda equipe Bahia FM. De lá pra cá não me desliguei mais da rádio, sou grata por todas as oportunidades em conhecer pessoas famosas, pelos prêmios e pelas amizades que conquistei nesses 7 anos. Continuo sendo ouvinte fiel e amando rádio. Tô ligadinha e coladinha em casa, no trabalho ou na rua. Na cabeceira da minha cama já fica meu rádio na sintonia".
10 anos e o que mudou?
Uma década é suficiente para que as mudanças ocorram, imagine em um local que apresenta novidades todo dia? "A principal mudança acredito que seja o estilo musical, porque apresentamos o que o ouvinte quer, mas apostamos mais no regional do que no nacional porque nossa música baiana é muito forte", conta Habib.
Moreira também acredita que a música foi o que mais sofreu mudança ao longo dos anos e contou com a ajuda da tecnologia: "As pessoas se permitiram a uma gama maior de estilos, o sucesso hoje tomou um novo corpo, acontece pela qualidade, porque a partir do momento que democratriza faz com que o artista não dependa tanto do mainstream. Antes para uma música estourar ela tinha que estar tocando bem, o cantor participar de programas de auditório, o empresário tinha que ser bem relacionado. Uma prova disso é 'Trem Bala', onde o artista produz uma boa música e estoura nas redes sociais e vai para o rádio".
O rádio acaba com a chegada da tecnologia? Nem pensar!
Com o avanço das redes sociais, muitos se questionaram se o rádio chegaria ao fim, pelo contrário, ela contribuiu para que houvesse adaptações ao longo dos anos. "A tecnologia permitiu as pessoas a terem acesso a mais opções de música, ela democratizou o processo musical. Ela tornou mais acessível aos artistas a divulgar seus trabalhos através de diversas plataformas. Porém isso também faz com que tenhamos acesso a músicas de não tão boa qualidade. Eu sou da época que ouvia os sucessos, comprava o CD, era mais palpável. Hoje a música é uma commoditie, porque conhecemos não pelo nome dela, mas pelo trecho e as vezes nem sabe quem é o autor. A relação com os singles mudou para pior", explica Luís Moreira.
O que a Bahia FM se destaca das demais rádios, então? "O mesmo artista que toca na Bahia FM, está em todas as rádios. É evidente que vez ou outra há versões exclusivas, mas é comum que as rádios toquem as mesmas músicas. O que diferencia é o envelopamento que ela faz da grade musical, é entender o que o público quer ouvir e entregar isso, um sucesso atrás do outro. O que também é fundamental é o serviço que é entregue, a notícia - porque o rádio é tão imediatista como internet -, falar sobre trânsito, empregos e concursos, futebol, conteúdos relacionados ao dia a dia. A aproximação entre o ouvinte a rádio é simbiótica, o locutor é aquela pessoa que acompanha a rotina, estamos sempre entregando coisas que são relevantes", conta Moreira.
Por mais que a tecnologia continue avançando, a Bahia FM se adapta de forma que não atrapalha e sim acrescenta. "Eu acredito que rádio é que está sendo menos impactado pelas mudanças tecnológicas. Ele é imediatista, tem um alcance grande, democrático e gratuito. Mas também temos que acompanhar o avanço da tecnologia e nos preparar para isso. Estamos fortalecendo nossa operação digital por meio de aplicativo, vamos futuramente também ofertar playlists. O nosso relacionamento através das redes sociais se fortaleceu, ouvimos elogios, críticas e sugestões, isso potencializou ainda mais. Não só oferecemos ao ouvinte a programação, como também vamos entregar playlists e conteúdos através da tecnologia. A contribuição do ouvinte é ainda maior", conclui.
10 anos se passaram, mas a essência continua. E o iBahia agradece a todos os locutores que animam diariamente informam e deixam a rotina de nossos internautas mais alegre. Nós também estamos ligados e coladinhos em vocês!
*Sob orientação e supervisão de Aline Caravina
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Redação iBahia
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