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MÚSICA

Com show neste sábado (15), Gaby Amarantos conversa com o iBahia

Em entrevista, a cantora fala sobre sua relação com a Bahia e a música do Pará

• 15/09/2012 às 15:59 • Atualizada em 01/09/2022 às 12:06 - há XX semanas

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Gaby Amarantos conversou com o iBahia na véspera do show na Concha Acústica
Conhecida pelo figurino extravagante, maquiagem carregada, e uma voz envolvente, a cantora Gaby Amarantos conseguiu levar o tecnobrega do Pará para o Brasil inteiro. O ritmo contagiante é considerado como pop regional paraense e sofre influências da música caribenha, principalmente pela proximidade geográfica. Veja também: O som do Pará: estrela de Belém, Dona Onete, 73 anos, brilha no primeiro álbumVai curtir o fim de semana? Tecnobrega, reggae, samba e arrocha são os destaques musicais No primeiro disco de estúdio, chamado Treme (2012) as músicas 'Xirley' e 'Ex Mai Love' ganharam o país. A última, inclusive, é o tema da novela Cheias de Charme, da Rede Globo. A cantora também chama atenção por ser fora dos padrões e se mostrar consciente e interessada sobre a cena musical paraense. E quando começa a falar do Pará, então, ninguém segura a artista. Neste sábado (15), ela se apresenta na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, a partir de 18h, ao lado do amigo e conterrâneo Felipe Cordeiro. O iBahia conversou com Gaby sobre o sucesso do tecnobrega e sua relação com a Bahia. iBahia - Qual a inspiração a Bahia tem na sua música?Gaby Amarantos - Eu cresci ouvindo artistas baianos: Gilberto Gil, Caetano, Novos Baianos, Doces Bárbaros. Vim acompanhando todo esse movimento da música baiana, desde quando o samba reggae estourou, depois veio o axé e agora o arrocha que parece muito com o nosso tecnobrega. Cada vez mais venho me conectando com os artistas daqui. Essa tarde (da sexta-feira, 14) recebi uma ligação tão linda de Daniela (Mercury) me dando boas vindas. Da cena alternativa, Márcia Castro é minha amiga pessoal. Então eu fico muito feliz de estar aqui, porque sou muito fã da música baiana. É uma alegria poder tocar aqui nesta terra, com um povo que gosta tanto de música.
Gaby Amarantos entre os amigos conterrãneos Felipe Cordeiro e Lia Sophia
iBahia - O tecnobrega está passando por um boom em todo o país. O axé também já teve seu tempo áureo, mas está perdendo espaço cada vez mais para o arrocha. Você acha que esse sucesso tão rápido pode ser preocupante?GA - É um movimento muito novo. Na verdade, é um movimento da música paraense, porque não tem só o tecnobrega. Estamos ali pertinho do Caribe, então somos muito influenciado pelas lambadas, guitarradas, pelas cumbias, salsa e merengue. Então nosso ritmo é bem latino. Eu sou bem tranquila em relação a isso porque eu sei que já estamos conseguindo firmar o estilo e já está vindo uma continuidade de outros artistas. Tem o Felipe Cordeiro, Lia Sophia, Dona Onete, então é uma cena que já está conseguindo se configurar. E a cena baiana é muito inspiradora pra mim. Há dez anos atrás eu já falava: 'Gente, precisamos ser igual ao pessoal lá da Bahia. Um fala do outro, um toca a música do outro'. E isso não acontecia. Agora, quase dez anos depois, a coisa realmente vem acontecendo de uma forma natural. O que eu sempre quis que acontecesse ta começando a acontecer. Então é tranquilo. Estamos começando, é uma pontinha de um iceberg. Ainda tem muita coisa boa por vir.
Dona Onete
iBahia - Uma das cantoras mais emblemáticas desse movimento da música paraense é Dona Onete, como você já falou. Qual o sentimento de ver uma figura tão importante como ela sendo conhecida só agora pelo país?GA - Dona Onete é uma força da natureza. Quem assiste a um show dela fica hipnotizado. Ela é uma intelectual, uma historiadora, profundamente conhecedora da história negra do Brasil e da história dos negros no Pará. Ás vezes eu fico pensando como o nosso país é grande e como é que a música brasileira não conhecia Dona Onete. Agora as pessoas começam a ouvir falar dela, não só como cantora, mas como compositora. Eu brinco que ela é uma feiticeira. Ela é muito mística, muito mágica. As pessoas precisam saber quem é Dona Onete. iBahia - E sobre as indicações no Video Music Brasil (VMB) e o Prêmio Multishow, quais são as expectativas?GA - Tô muito feliz de já estar participando. No VMB eu tenho cinco indicações e no Multishow eu descobri que ganhei mais uma, agora são duas. Estar lá já é uma festa no meio de tantos artistas que são os principais do país e de todos os segmentos, entre os mais populares, até a galera do MPB e do underground. A música do Pará está bem reconhecida. No Multishow vai ter um número meu como uma artista consagrada, segundo eles, convidando artistas novos. Eu tenho a oportunidade de poder levar a Lia Sophia e o Felipe (Cordeiro) comigo. É um número especial do Pará e eu achei muito bacana esse carinho que eles tiveram conosco. Tem a direção de Kassim, que é uma pessoa supersimpatizante da música paraense. E também tem a Gang do Eletro, que é uma banda de lá que está sendo indicada como reveleção. Hoje em dia a gente vê que o Pará existe no mapa, isso para mim é a maior felicidade. iBahia - Como é perceber esse reconhecimento no meio de um público diferente do tecnobrega?GA - Percebo esse reconhecimento principalmente dos formadores de opinião. Tem muitos artistas que são populares e muitas vezes não tem um respeito da crítica. Isso é importante para agregar valor ao trabalho. O trabalho que a gente faz de tecnobrega, no início, sofria muito preconceito. Aí vem Nelson Motta e diz que é legal, Hermano Vianna e também diz que é legal. Bom, todo mundo pensa "pô, mas deve ser legal, então". São os principais críticos e jornalistas de música do país e a imprensa internacional. No mês passado (agosto), a gente gravou um documentário especial para a BBC de Londres. Já é o terceiro trabalho que a gente faz com eles. E outras equipes de fora, principalmente da Europa, todos vindo falar dessa nova música brasileira. A música paraense sendo reconhecida como uma música brasileira. Isso para gente é uma alegria imensa. Gaby AmarantosOnde - Concha Acústica do Teatro Castro Alves Quando - sábado (15), às 18h Valor - R$30 (inteira) e R$15 (meia)

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