icone de busca
iBahia Portal de notícias
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
MÚSICA

Com shows eletrizantes, O Rappa e Raimundos levam fãs à loucura

Há dois anos sem tocar em Salvador, os anfitriões da noite mataram a saudade do público baiano em três horas de show; os Raimundos, como prometido, foram à forra

foto autor

25/05/2014 às 9:07 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:59 - há XX semanas
Google News iBahia no Google News
Salvador ferveu na noite do último sábado (24), no Wet'n Wild, ao som d'O Rappa e Raimundos. Com shows eletrizantes, as bandas lotaram o parque e levaram o público ao delírio total. O que se viu foi a mais perfeita comunhão entre artistas e fãs dos mais variados perfis, idades e estéticas. Da geração anos 90 aos que ainda estão nos 16, dos saltos altos aos descamisados, a diferença ganhou espaço privilegiado. Como prometido por Digão, em entrevista ao iBahia, o Raimundos e seus fãs foram à forra. No melhor estilo "pé na porta, soco na cara", a banda abriu o show com 'Mulher de Fases', consagrado o maior sucesso da grupo, e engatou 'Baculejo', primeiro single do novo álbum 'Cantigas de Roda' (2014). Em aproximadamente duas horas, a banda brasiliense relembrou clássicos dos primeiros álbuns lançados. 'I Saw You Saying (That You Say That You Saw)', 'A Mais Pedida' e 'Vinte e Poucos Anos' emocionaram os mais apaixonados, enquanto os grooves pesados de 'Puteiro em João Pessoa' e 'Eu Quero Ver o Oco' embalaram as rodinhas, que não podem faltar em um show de rock que se preze. Não ficaram de fora do repertório novas composições, como 'BOP' e 'Gordelícia', a qual Digão dedicou "às mulheres mais gostosas do país".
Clássicos, como 'Puteiro em João Pessoa' e 'Eu Quero Ver o Oco', embalaram as rodinhas durante todo o show do Raimundos
Entre palavrões e agradecimentos aos fãs soteropolitanos, o vocalista aproveitou para, novamente, pedir desculpas pelo incidente ocorrido durante a última passagem do Raimundos por Salvador (devido a problemas com a companhia aérea, a banda chegou atrasada e só pôde tocar por 40 minutos no projeto Rock Concha) e soltou: "vai ser uma hora e meia de puro p*u dentro!" para o completo êxtase dos fãs. A banda também prestou homenagem aos ex-integrantes da banda santista Charlie Brown Jr., Chorão e Champignon, falecidos no ano passado, com uma versão de 'Zóio de Lula'. "Eles estão assistindo a gente agora na área mais VIP que tem", disse Digão. O setlist contou ainda com as releituras das músicas 'Santeria', do Sublime, e 'Será', da banda conterrânea Legião Urbana. Assista abaixo a maior roda do show dos Raimundos em Salvador: [youtube vwejg3vDAAc]
Quando O Rappa subiu ao palco já passava de 1h da manhã. Sem tocar em Salvador há quase dois anos, Marcelo Falcão (voz), Xandão (guitarra), Lucas Farias (baixo) e Marcelo Lobato (bateria) foram ovacionados pelos mais de 15 mil fãs que os esperavam no parque. O resultado não poderia ter sido mais bonito: uma troca de carinho entre banda com o público, que cantou em coro todo o repertório com paixão tal, que nem a chuva intimidou. Por três horas, a banda executou uma extenso setlist, composto por canções do seu novo álbum, além das versões de 'Ilê Ayê' (Paulinho Camafeu), 'Vapor Barato' (Waly Salomão e Jards Macalé), 'Hey Joe', do Jimi Hendrix, e 'Súplica Cearense', eternizada na voz do mestre Luiz Gonzaga. Durante a apresentação, Falcão, evocou mais paz para o Brasil. "Não era pra ter Copa. Era pra ter saúde e educação", gritou o vocalista, enquanto a multidão reproduzia o gesto de paz com as mãos. No palco, além da performance d'O Rappa, a cenografia impressionou. Containers foram usados como telas para projeções mapeadas de imagens que faziam referência à trajetória da banda e aos confrontos sociais vivenciados cotidianamente pela polução brasileira. O caso do ajudante de pedreiro Amarildo, desaparecido na Favela da Rocinha após ser torturado por policiais militares, no Rio de Janeiro, em 2013, foi relembrado.
Xandão, O Rappa
Nunca Tem FimEm 2014, faz 20 anos que O Rappa lançou seu primeiro álbum da carreira, homônimo à banda, único com Meirelles no baixo, instrumento comandado atualmente por Lauro Farias. No repertório do disco de 1994 duas canções eternizaram-se e se mantêm presente em todos os shows: 'Todo Camburão tem um pouco de Navio Negreiro' e 'Brixton, Bronx ou Baixada'. Nessas duas décadas de história, O Rappa lançou nove discos e engatou mais de 20 singles em rádios nacionais. Sexto álbum de estúdio da banda, 'Nunca Tem Fim...' foi lançado em agosto de 2013 e é o mais recente trabalho da banda. São dez faixas inéditas, entre as quais figuram 'Anjos (Pra Quem Tem Fé)' e Auto-reverse'. Produzido por Tom Sabóia, que também participou do '7 Vezes' (2008), o projeto é marcado pela profusão de sons, pelas composições de cunho social, presentes em toda a trajetória do grupo, e por mensagens de fé e esperança em dias melhores. O próximo passo ainda é uma incógnita e o futuro da banda segue em aberto. Por enquanto, O Rappa continua circulando o país com o novo álbum e as próximas paradas serão em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Confira abaixo a galeria com os momentos mais marcantes da passagem d'O Rappa e do Raimundos por Salvador! Agradecimento especial ao fotógrafo Heder Novaes, que registrou estas belas imagens.

Leia também:

Foto do autor
AUTOR

AUTOR

Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!

Acesse a comunidade
Acesse nossa comunidade do whatsapp, clique abaixo!

Tags:

Mais em Música