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MÚSICA

De gás renovado: O Rappa prepara disco e faz show neste sábado

Depois de 1 ano e meio parado, o grupo voltou à estrada em 2011 e, de novo afiado, faz show no Wet’n Wild

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28/04/2012 às 10:34 • Atualizada em 28/08/2022 às 21:05 - há XX semanas
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Depois de quase três anos sem se apresentar em Salvador, O Rappa está de volta à capital baiana. A banda carioca faz show no próximo sábado, no Wet’n Wild, às 20h, em noite que terá ainda os grupos Ponto de Equilíbrio, do Rio, e o local Adão Negro. No repertório do Rappa, canções dos seus dois últimos trabalhos: o disco 7 Vezes, de 2008, e o DVD Ao Vivo na Rocinha, de 2009, gravado num show realizado na favela do Rio e que não deixa de fora hits como Hey Joe, Minha Alma e Me Deixa. “É uma noite muito especial do reggae. A Ponto de Equilíbrio é sensacional, do bairro carioca de Vila Isabel. E gosto muito também do som dos caras do Adão Negro. Esse é um show que eu iria”, afirma o carismático Marcelo Falcão, 38 anos, vocalista do Rappa, banda que passou um ano e meio parada - entre dezembro de 2009 e meados de 2011 -, gerando até boatos sobre o seu futuro.
ImportânciaFazendo um poderoso amálgama de reggae, dub, hip hop, rock e samba, com letras que vão de temas afetivos aos problemas sociais, O Rappa criou uma identidade musical própria desde o álbum Rappa-Mundi, de 1996, e se transformou numa das maiores bandas do Brasil, com 5 milhões de discos vendidos. Na sua trajetória, O Rappa sobreviveu a uma tragédia: em 2000, o baterista Marcelo Yuka, até então o principal letrista da turma, levou oito tiros ao tentar impedir um assalto, no Rio, ficou paraplégico e acabou saindo da banda. No show no Wet, o público soteropolitano se reencontrará não apenas com a conhecida qualidade do Rappa, mas verá também um quarteto oxigenado pela parada recente e pela identificação que tem com a Bahia. “Se eu pudesse e não tivesse tantos compromissos no Rio, morava em Salvador. Tenho muitos amigos, músicos maravilhosos como Ivete Sangalo, Gilberto Gil, Carlinhos Brown, Ricardo Chaves, Durval Lelys”, conta Falcão, por telefone. Nível gringoPrometendo um show de música “nacional, com nível gringo”, Falcão avisa que a qualidade do som e do cenário deve surpreender o público. “Vamos reproduzir um som na qualidade 5.1 (multicanal), como em uma estrutura de estúdio, o que garante muito mais clareza no áudio. Banda nenhuma fez isso no Brasil até agora. Fora o cenário, uma mistura de luxo e lixo, ao melhor estilo Joãosinho Trinta - carnavalesco carioca, morto em 2011 -, mesclando painéis de LED e caixotes de madeira”, explica. Além da turnê pelo país, com o mesmo show que será apresentado em Salvador, Falcão, o guitarrista Xandão, o baixista Lauro Farias e o baterista Lobato estão em estúdio, produzindo o novo disco, o primeiro com material inédito desde 2008. Na opinião do vocalista, o novo trabalho terá um suingue roots reggae mais pesado. “Produzimos muito no último ano. Nos próximos dois meses, a gente deve separar as 13 ou 14 músicas, de um total de 30, que vão parar no disco. Voltamos da parada com gás total. O importante é que o disco fique pronto já em novembro”. Falcão revela que, no meio da gravação do disco 7 Vezes, com uma agenda lotada, bateu o desespero: “Era dezembro e tínhamos mais shows contratados do que gostaríamos. O Rappa não faz shows entre o Natal e o Carnaval. Há 16 anos na estrada, tinha o desgaste”. “Durante todo esse tempo, rodando de buzão, batalhando o público numa época sem internet, nem redes sociais, chegamos à conclusão de que o espírito precisava de um descanso, e resolvemos dar um tempo”, lembra. Nas palavras de Marcelo Falcão, a amizade do grupo e a sede de voltar a tocar fizeram com que O Rappa retornasse aos palcos de todo o Brasil, em 2011, sempre com shows superlotados. “Pagamos as contas, claro, porém o mais importante mesmo é que estamos novos em folha, com a agulha afiada, para fazer um bom som. É o melhor de tudo”, diz. No início do mês, O Rappa se apresentou na primeira edição brasileira do Lollapalooza, em São Paulo, para 65 mil pessoas. Durante o evento, o criador do festival e líder da cultuada banda Jane’s Addiction, Perry Farrell, convidou a banda brasileira para participar, entre os dias 3 e 5 de agosto, do Lollapalooza americano, em Chicago. Solteiro“Este é o festival de rock atual mais importante no currículo de um músico, com bandas do peso de Foo Fighters, Red Hot Chili Peppers, Franz Ferdinand e Black Sabbath. É uma grande honra termos sido chamados para a versão americana”, diz o artista. Famoso também por namorar belas mulheres, como a atriz Deborah Secco e a top model Isabeli Fontana, Marcelo Falcão cai na risada ao ser perguntado como anda o seu coração: “Estou solteiro. Alô garotas de Salvador, estou chegando!”.

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