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MÚSICA

Em entrevista ao iBahia, Pitty conta detalhes sobre novo trabalho

Lançado recentemente, o disco é o quarto da carreira e conta com 10 faixas inéditas, todas assinadas pela artista

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30/06/2014 às 17:11 • Atualizada em 28/08/2022 às 6:30 - há XX semanas
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Cinco anos se passaram desde o último álbum de estúdio lançado pela cantora Pitty. Com nova banda, a roqueira celebra seu novo trabalho autoral SETEVIDAS e a boa fase da carreira. Lançado recentemente, o disco é o quarto da carreira e conta com 10 faixas inéditas, todas assinadas pela artista. Em entrevista ao iBahia, a roqueira contou detalhes sobre o novo projeto e revelou algumas curiosidades. Confira! iBahia - "Massa" em Salvador também é gíria para maconha. Em "A Massa" você finaliza com "Massa sem adubo não há". Além de fazer uma analogia entre cultura de massa e culinária, é possível que exista essa "pitada" de referência à legalização da droga? Pitty - Não necessariamente, mas eu sabia que poderia surgir essa referência e quis brincar com isso, com todas as possibilidades da palavra. É deliberado e interessante que suscite esse tipo de questionamento. iBahia - Algumas músicas de discos anteriores pouco foram tocadas ao vivo, como é o caso de "Quem Vai Queimar", "Querer Depois" e "A Sombra", outras sumiram dos setlists há muito tempo, como "Temporal". Com a adição de novos elementos ao vivo, como o minimoog, é possível que algumas dessas músicas apareçam em um ou outro show? Pitty - Não dá pra dizer ainda, acho que é natural que o repertório vá crescendo e algumas músicas fiquem pra trás. Tem também a questão de funcionar ou não ao vivo e esse é um motivo importante na hora de montar o show. Mas a gente está sempre mudando, o setlist nunca é o mesmo e aí tudo pode acontecer dependendo da ocasião, do dia, etc. iBahia - Em todas as entrevistas recentes é perguntado sobre as mudanças da banda, mas algo que parece estar passando despercebido por alguns é a mudança do logotipo da banda. Algo a declarar? Pitty - Achei que era hora. Uma nova fase, um novo ciclo; e por isso um novo logo. Tudo novo. iBahia - Em 24 de Julho de 2013 você disse em seu twitter "o 'teste da rua' foi esclarecedor: botei as onze bases que já existem nos fones de ouvido e saí andando pela cidade." SETEVIDAS tem 10 faixas. Qual não entrou no disco e por quê? Vai ser lançada posteriormente como b-side? Pitty - Na verdade algumas não entraram, tinha mais do que onze. Acho que nessa época eu estava me referindo especificamente a uma música chamada "Na Pele", que aos 45 do segundo tempo a gente percebeu que não tinha a ver com aquele repertório. Com certeza devo fazer algo com esses b-sides, mas ainda não sei o quê. iBahia - Você disse que 'SETEVIDAS' foi composto como se fosse um livro. Tem a intenção de se lançar no universo da literatura futuramente? Pitty - Já pensei nisso algumas vezes, mas não tenho nenhum plano concreto. Tem que deixar rolar, quem sabe um dia. iBahia - Ao contrário de outras bandas brasileiras de rock, Pitty alcançou grande popularidade, a ponto de ter músicas em trilhas sonoras de Malhação e se apresentar em programas de TV. Como é conciliar qualidade musical e sucesso entre o grande público? Você pensa o seu trabalho de modo a agradar a públicos diversificados? Pitty - Eu penso o meu trabalho de modo que ele me traga satisfação pessoal, que eu ouça e fique orgulhosa de ter feito, que aquilo me represente. Mas, desejo que mais e mais pessoas se identifiquem embora essa não seja necessariamente a premissa na hora de fazer. Tem que ser verdade, o resto é consequência. É um jogo perigoso conciliar conceito e popularidade e eu venho tentando me equilibrar e encontrar um lugar no meio disso. Muita coisa decido não fazer porque acho que por mais que traga visibilidade talvez não seja a que eu quero. Nunca é gratuito. E aí tem que pesar as concessões e saber a hora de dizer sim e não. E, principalmente, não ter medo de dizer não quando necessário. Leia também: Pitty anuncia que fará show em Salvador em agosto Ingressos para Flip 2014 começam a ser vendidos hojeRelembre seus medos com cosplay mirim de clássicos do terror; veja galeria Dreamland Museu de Cera se prepara para encerrar temporada em Salvador*Sob supervisão e orientação de Márcia Luz. **Colaboraram Virgínia Andrade e Arthur Farias.

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