A rua Mestre Bimba, no Nordeste de Amaralina, vibrou de um modo diferente na tarde dessa quarta-feira, 24, quando o espaço recebeu os integrantes do grupo Quabales e Margareth Menezes para o primeiro ensaio do show que farão no próximo 23 de setembro, no Palco Sunset do Rock in Rio. O primeiro encontro foi acompanhado de perto pelo curador e diretor artístico do evento, o músico Zé Ricardo.
“Queremos que, mais que promover o encontro da música, possamos promover o encontro de pessoas, culturas, saberes e olhares”, afirmou Zé Ricardo. Segundo ele, a ideia de convidar a Quabales e o músico Marivaldo dos Santos, criador do Quabales e membro do grupo inglês Stomp, é antiga, mas até então não havia a possibilidade de se concretizar. “O momento é agora e, finalmente, vamos poder unir uma sonoridade que é, ao mesmo tempo baiana e mundial, onde outras vertentes como o hip hop, o jazz e o rock estão presentes no trabalho desses artistas e podem ser mesclados no palco”, pontuou.
Dizendo-se muito feliz por estar presente ao encontro, Margareth fez questão de ressaltar que os ensaios ainda são iniciais e contemplam apenas quatro músicas, mas a perspectiva é que possam ensaiar muitas outras. “Me emociona particularmente essa proposta da Quabales, que mistura música e projeto social, pois me remete a quando comecei em coral e teatro. Naquela época, não imaginava que a música me levaria tão longe”, completa Margareth.
Para Marivaldo dos Santos, que já tocou com estrelas como Sting e Lauryn Hill, a presença no Rock in Rio é um sonho realizado. “Mesmo tendo uma carreira internacional, nunca toquei nesse evento e a participação do Quabales abre a possibilidade que meninos de 14 anos tenham essa oportunidade”, diz o músico. Para ele, com o convite veio a responsabilidade em promover um show especial junto com os 14 integrantes da equipe.
Vale ressaltar que Quabales é um projeto sócio-educativo e cultural que contempla teoria musical, violão, percussão, break dance, performance percussiva, canto e percussão eletrônica. O grande diferencial da iniciativa é a produção de instrumentos musicais não convencionais a partir de material reciclado. Atualmente, o grupo atende mais de 80 jovens do Nordeste de Amaralina. O nome do grupo foi originado da junção do número quatro, referente às quatro bocas dos instrumentos e o final da palavra timbales, que é o formato do instrumentos. Marivaldo dos Santos é integrante há mais de uma década do STOMP, um dos grupos percussivos mais importantes do mundo, que está em cartaz na Broadway há mais de 20 anos.
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Redação iBahia
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