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MÚSICA

"Rap está mais social e ataca menos o governo", diz artista

Antônio Marcos Araújo, o Marquinhos do grupo Tropa de Elite, disse ainda que quem governa é o povo

• 03/06/2014 às 21:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 4:57 - há XX semanas

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O rapper Marquinhos disse que o rap se atualiza, mas continua expondo as injustiças sociais
Na opinião de Antônio Marcos Araújo, o Marquinhos do grupo Tropa de Elite, o rap atual é social e não tem como foco principal o ataque político ao governo. "Quem governa somos nós. Se nos juntarmos, somos fortes. Sozinho não se faz revolução", diz. Com 30 anos de carreira, Marquinhos é um dos organizadores da primeira Expo Hip Hop do Brasil, que acontece desde sexta-feira (30), em Ceilândia (DF). Ceilândia é tida com protagonista nacional na cena do hip-hop e a banda de Marquinhos foi uma das que saiu da cidade e ganhou projeção no país. O hip-hop, que inclui o rap, a discotecagem, o grafite e o break, "é uma revolução da comunidade, está sempre em movimento", diz Marquinhos. Há 20 anos, explica, o foco principal era o governo. "Hoje, é mais social e atualizado. Ou acompanha a revolução, ou para. Chegou a internet, temos meios mais eficientes de melhorar". Veja também: Guia: saiba onde estão os principais sebos de Salvador Músicos e poetas homenageiam Walter Smetak com concerto e recital de poesia Dan Valente convida Banda Eva e Tuca Fernandes em show As letras expõem injustiças sociais. Falam também de amor e espiritualidade. O rap gospel tem ganhado espaço no hip-hop, "mas não as igrejas", ressalta Marquinhos. Também presente no evento, Roberto Barbosa da Silva, o Beto SDR, do grupo Sobrevivente de Rua define o rap: "Ritmo, arte e poesia ou revolução através das palavras, é confrontar e conquistar espaço. O rap fala com as populações de periferia". O tema tratado no trecho preferido de Rebeca Realleza, backing vocal da Sobrevivente de Rua, é o racismo. "Tentam me provocar, com o racismo me agredir. Não conseguem, pois eu sou negro sim", diz a letra do grupo PR 15. "O hip-hop me tirou de muita coisa. Entrei para o grupo com 13 anos. Nessa época, os colegas da escola começaram a usar drogas, a ir por esses caminhos. Eu estaria usando drogas ou teria engravidado, como a maioria das minhas amigas", diz Realleza. O evento reúne músicos do Brasil e de outros países como o Haiti. Apresentou-se também Bro Mc's, grupo de rap indígena do Mato Grosso do Sul, que apresenta rimas no idioma guarani.

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