Quatro meses após se afastar dos palcos por conta de uma tuberculose ganglionar, a cantora Simaria volta aos palcos nesta quinta-feira (9), em São Paulo, retomando a dupla com a irmã, Simone. As duas falaram, durante uma coletiva de imprensa, sobre o período em que ficaram afastadas na profissão, saúde, vaidade e projetos para o futuro.
Período fora dos palcos
“Desliguei todos os telefones e me desvinculei das redes sociais. Queri ter a sensação de voltar ao passado, de ter uma vida natural. As redes influenciam muito a vida. O trabalho meu consumia muito. Eu estava sofrendo muito em cima de uma cama de hospital. Foram 18 dias. Hoje, a minha prioridade é a minha saúde. Não parei antes para me cuidar porque tinha medo de deixá-la (Simone) sozinha. Mas eu estava sempre pensando no outro e nunca olhava para mim. Foram meses de aprendizado e agradeço a Deus por tudo que eu vivi”, disse Simaria.
Cantar sem a irmã
“Aprendi que é difícil ganhar dinheiro só. Tinha dia que pensava em largar, cara. Sempre soube que uma é a cópia da outra e no momento que me vi só, foi difícil para mim. Serviu para eu aprender que é preciso desacelerar. Tudo ficou em cima de mim e eu tive esgotamento. Isso me fez enxergar que não dá para viver nessa prisão sem grade que essa nossa rotina. É bom tudo que a gente vive, subir no palco, receber o carinho dos fãs... Mas a felicidade não está só nisso. Se não tomar conta, acontecem as doenças, as tragédias”, comenta Simone, que acrescenta: “Tive que fazer absolutamente tudo nesse tempo em que ela ficou afastada. Tive que usar decote... até colocar a mão no joelho e dar uma agachadinha tive que fazer porque, se não, o povo não ia voltar, né”..
O retorno aos palcos
“Vai ser emocionante demais porque vai ser um show de música, alegria, mas de aprendizado. Foram quatro meses de expectativa. Eu acho que todo mundo vai se emocionar muito, até porque Padre Fábio de Melo vai estar com a gente. Vai ser um espaço sagrado. Agora, vamos fazer no máximo três show por fim de semana”, adianta Simone.
"1 em 1 milhão"
“Quando gravei essa música, passei a madrugada inteira colocando voz na canção e já estava doente. Não tinha força para nada. Eu cheguei a dizer: “Meu corpo não está mais aqui, só estou espírito”. Essa música eu escutei há uns 2 anos e fiquei apaixonada por ela. Passou o tempo e eu lembrei da música num quarto de hotel. Fui atrás e consegui. Dos seis compositores, só um não queria que eu gravasse. Mas música tem endereço certo. Quando ela tem que ser sua, não tem quem tire.
Gravação de DVD
“Eu já tenho a ideia do DVD, mas não posso falar porque é uma coisa inédita. Não posso falar ainda porque vão acabar copiando. O que o povo quer é música de qualidade e a gente. Isso vocês vão ter”, aposta Simaria.
Família
“Se eu to viva hoje, tenho que agradecer a Deus e aos meus filhos e marido. Eu precisei muito deles. Quando eu chegava em casa, que estávamos só nós quatro, eu me sentia protegida, acolhida. Ali, ninguém mandava em mim. Mostrá-los nas redes sociais nesse período, que eu não faço muito, foi porque eu estava me sentindo tão feliz que eu achei que vocês mereciam compartilhar comigo esse momento”, afirma Simaria.
Saúde de Simaria
“Eu parei de comer todas coisas que eu gostava. Além da tuberculose, tive h. pilore (bactéria no estômago), anemia, joelhos machucados por conta do salto, dentes... Fazia tempo que meu dentista tinha visto que as lentes de contato dos meus dentes, que tinha feito com um profissional que não era bom, não estava legal. Na época em que isso chegou ao Brasil. meti as lentes no dentes que parecia chapa de chiclete, de rinoceronte. Quando fui descobrir, meus dentes estavam acabados. Tava igual a um vampiro, ficou só o fiapo. Se me olhar sem dente, você corre. O dente que eu estou é provisório, mas é tão perfeito que parece ser de verdade. Minha filha chorou muito quando me viu sem os dentes (risos). Quando o dentista mexia, saia pedaço de cerâmica direto da gengiva. Mas isso tudo não tem nada a ver com a tuberculose”.
Sintomas
“A tuberculose não é e não foi causada pela rotina dos shows. É uma doença silenciosa. Para descobrir, tive que fazer um exame que se faz para diagnosticar câncer. Cheguei a pesar 42 quilos e meu peso normal é 49,5. Só recuperei 2,7 quilos até agora. Estou comendo toda hora, agora bebo água. A gente que comer pela saúde, não pra ficar gostosa. Vou conciliar o tratamento (ainda faltam dois meses) com os shows. Eu não estou curada ainda, mas meu médico me liberou.
Violência doméstica
"A mulher precisa se amar mais. Às vezes, você é prisioneiro de uma pessoa só pela forma como ela fala com você. Você não tem força para brigar e acaba vivendo um inferno a vida toda. mas o outro não pode decidir sua vida. Peça ajuda na igreja, em qualquer lugar... Busca uma forma de sair desse cativeiro, você não depende de ninguém. Você não precisa disso, cara. Dizem que não podemos pagar com mal, mas com um homem desse ( o personal trainer Luís Felipe Manvailer é acusado de matar a mulher, a advogada Tatiane Spitzner) eu jogava água quente na pingola dele. É um trem pesado! Em briga de marido e mulher se mete a colher, sim. Se ela quiser voltar para ele depois, é um problema dela. Mas é preciso denunciar", reforça Simaria.
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Redação iBahia
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