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Advogado do Asa de Águia fala sobre processo de ex-músico

Entre as acusações, o ex-baixista Levi Pereira alega também que teve uma perda auditiva por causa da banda

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18/04/2012 às 11:32 • Atualizada em 06/09/2022 às 8:28 - há XX semanas
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O advogado Valton Pessoa, que representa a Duma - empresa de Durval Lelys que gerência o Asa de Águia - confirmou ao iBahia o processo aberto pelo ex-baixista Levi Pereira. "Ele entrou com uma ação contra a Duma pleiteando reconhecimento de uma relação de trabalho. Ele está se dizendo empregado da banda e a banda entende que ele não era empregado. Essa é uma discussão que existe muito no meio musical. Os músicos não são empregados, eles não cumprem um horário pré-definido. Eles tem outros negócios, podem mandar outra pessoa no lugar quando eles não podem ir, e nessas condições ele não é considerado empregado", disse ele à reportagem. Para quem não sabe, Levi pede no processo R$10 milhões de indenização, por não ter sido obrigado a abrir empresas de fachada para receber cachê como pessoa jurídica, sem férias, gratificações, FGTS e INSS. De acordo com o advogado, em março de 2011 - período que o ex-baixista deixou a banda - foi feito um acordo extra judicial para que ele não fosse à justiça reclamar sobre o vínculo de trabalho. "O acordo foi feito para ele nunca mais pedir nada por esse tempo que ele foi parceiro da banda. Ele assinou e recebeu por isso", confirmou o representante jurídico do grupo de axé.
Valton contou ainda que existem controvérsias no processo aberto pelo ex-músico e que não há previsão de julgamento. "O processo está fora de pauta e não tem previsão de ser julgado ainda. Ele está alegando também que tem uma perda auditiva, e estamos esperando uma perícia, que comprove essa perda. Até porque ele está trabalho na França e essa perda auditiva precisa ser bem apurada. No processo, inclusive, ele diz que foi demitido, embora ele tenha pedido para sair, como ele mesmo disse na época para alguns blogs e sites", pontuou. O iBahia tentou entrar em contato com Levi Pereira para saber detalhes do processo, mas ainda não obteve sucesso. Atualmente, ele reside em Paris, na França, e comanda uma empresa de traslado. Na época em que se desligou do Asa de Águia, após 24 anos tocando com o grupo, ele mandou um recado para os fãs através do blog do Marrom, em que explica o real motivo de sua saída. Leia na íntegra: “Pois é galera, não há nada de mais, apenas eu me achei estagnado por não ter poder de traçar novos rumos na nossa musicalidade, pois propus a Durval fazermos um disco alternativo que não tivesse nada com o Asa para soltarmos nossas obras engavetadas que não faziam parte do contexto do mercado, que cada vez mais se torna exigente. Isso foi totalmente ignorado pelos interesses da Duma ( a empresa de Marcelo e Durvalino ), pra mim foi um balde de água fria nos meus ânimos pois eu, Radi, Bajara, Rambo e o próprio Durval, temos muitas músicas que poderiam agradar além do universo axé, acho que seria uma ótima oportunidade de mostrarmos outro lado nosso…mas…não houve interesse nem resposta, aí comecei a pensar como seria possível levar esse projeto adiante. Somei a este fato o medo da violência, corrupção, inflação, e outras coisas mais que no nosso país tem de sobra, joguei a toalha desisti de lutar e dar murro em ponta de faca. Entrei com um pedido de visto de competências e talentos junto ao Consulado da França, pois lá se dá muito valor a arte de um modo geral. Consegui e fui recomendado pelo próprio cônsul como um dos melhores baixistas do Brasil e ele próprio até parabenizou o governo Sarkosi por ter-me abraçado e acolhido em seu território. Nem parei para pensar, aceitei o convite e fui!!!!! Levi"

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