"Eu estou aqui para confundir e não para explicar". Uma das antológicas frases de Chacrinha cai sob medida para Marina (Alice Wegmann), de “A lei do amor”. A massagista que enlouquece Tiago (Humberto Carrão) e vai passar, inclusive, a persegui-lo, não dá trégua também para a cabeça de sua intérprete.
"Marina tem me virado do avesso, me tirou completamente da zona de conforto. Não tenho um norte, não sei o que ela pretende, tudo pode acontecer. Tem cenas em que me pego fazendo três reações diferentes em pouquíssimos segundos. Sutis, mas que confundem. E isso é ótimo!", comemora Alice, de 21 anos.
Bem-humorada, a atriz ri ao pensar que a personagem pode ter lido um pouco na cartilha de Alex, personagem de Glenn Close, em “Atração fatal”. No filme, a mulher tem um caso com Dan (Michael Douglas), que é casado. Com o fim do romance, a ex-amante inicia uma perseguição infernal. "Tem um pouco dela (risos)! Marina é muito maliciosa, danada, ousada... Ela quer Tiago a qualquer custo. Eles vivem numa relação de atração e repulsa o tempo todo", avalia.
Alice diz que “foi uma surpresa enorme” ver a massagista passar de perseguida a perseguidora. Afinal, antes era Tiago que estava em seu encalço. Ela ainda conta que, muitas vezes, chega a sentir pena do marido de Letícia (Isabella Santoni). "Na verdade, ele está muito confuso. Eu acho Tiago meio banana, mas o sumiço da Isabela de fato mexeu muito com o cara e foi algo que ele não conseguiu superar. Era um amor forte, que nunca havia sentido por ninguém. Então, o rapaz ficou conturbado, não tem certeza de nada, não sabe muito bem o que quer. Isso foge do controle dele", analisa a atriz, que, ao contrário de Letícia, não teria investido novamente num romance com o primo. "Eu teria desistido logo quando ele a largou para ficar com Isabela. Teria me recomposto, arrumado outra forma de ser feliz. Mas isso vai de cada um", revela.
O nó que Marina dá na cabeça da atriz também se espalhou em meio ao público. "As pessoas substituíram o “Oi, tudo bem?” por “É Marina ou Isabela?” (risos). Acho isso o máximo, adoro ouvir os comentários, muita gente dando pitaco, criando teorias...", diverte-se Alice.
