A cantora Ana Carolina foi mais uma famosa a prestar homenagem à Preta Gil, falecida neste domingo (20) após travar longa batalha contra um câncer no intestino. Ana se manifestou através das redes sociais.

A publicação tem um longo texto enaltecendo o lado artístico de Preta, além da força dela como mulher. "Hoje o palco perdeu verdade. Perdeu cor, perdeu coragem. Hoje o palco está triste", iniciou Ana Carolina.
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Durante o texto, a artista relembrou o início de carreira de Preta e o apoio dado por ela, que encorajou a filha de Gilberto Gil a começar como cantora e chegou a escrever a primeira música de trabalho dela, Sinais de Fogo.
Ana Carolina ainda descreveu que a admiração que sentia por Preta era um "orgulho silencioso que sempre levei comigo".
Paixão platônica
A relação entre as duas poderia ter passado do lado profissional. Preta chegou a confessar que sentiu uma paixão platônica por Ana Carolina. A falecida cantora fez a revelação durante participação no programa "Surubaum", de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, em março de 2024.
"Me apaixonei perdidamente por ela. E a gente vivia muito na Guanabara (a pizzaria famosa do Leblon). Ficávamos noites e noites. A música ("Sinais de Fogo") ela fez pra mim, e a inspiração foi a nossa relação platônica. Eu era muito afim dela, ela gostava muito de mim também, mas não queria sexo comigo. Ela alimentava uma coisa sedutora para eu ficar ali, mas na Hora H nada rolava. Nós nunca ficamos. Nunca dei um beijo de língua nela. Não era para ser mesmo. E ela diz: 'Te dei coisas muito melhores, te dei canções'", contou à época.

Veja o texto completo de Ana Carolina:
Hoje o palco perdeu verdade.
Perdeu cor, perdeu coragem.
Hoje o palco está triste.
A Preta se foi, minha amada pretinha e com ela vai uma parte da minha história, das músicas, das conversas engraçadas e profundas, das trocas que não cabem em legenda.
Quando ouvi o vibrato da voz da Preta, eu comecei a encorajá-la a cantar, quando ela ainda estava descobrindo essa vontade dentro de si.
Para encorajá-la mais ainda eu e Antonio Villeroy escrevemos a primeira música de trabalho dela — Sinais de Fogo. Depois veio Stereo. Ela contava por aí, sempre rindo, que foi apaixonada por mim.
E eu sempre dizia: “não ficamos, mas eu fiz canções pra ela” — porque era assim que a gente se amava. Do nosso jeito, bonito, verdadeiro, inteiro.
Ver a artista e a mulher que ela se tornou foi um orgulho silencioso que sempre levei comigo.
Das últimas vezes em que estive com ela, cantei Pra Rua Me Levar.
Foi meu jeito de segurar sua mão, mesmo diante do invisível.
Ela sabia. E eu também.
Estou imensamente triste. Não consigo parar de chorar.
Sem saber direito como dizer o quanto sou grata por tudo o que vivemos —
Pelo amor que virou música,
Pela risada que virou memória,
E por tudo que ela foi — pra mim e pra tantos.
Mulher corajosa. Mulher forte.
Vai na luz minha eterna pretinha!
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