Conhecida por atuar em programas de humor, como "A praça é nossa", do SBT, e "Xilindró", do Multishow, Nany People fará sua estreia em novelas em "O Sétimo Guardião" com um personagem de caráter duvidoso. Na trama de Aguinaldo Silva, a atriz interpretará Marcos Paulo, químico que fez parte do passado de Valentina (Lilia Cabral), a arquivilã da história:
- Quem se alia a uma mulher como a Valentina não pode ser do bem. É como diz o ditado: 'Diga-me com quem andas e te direi quem és!'.
Depois de um tempo afastados por causa de uma briga, eles se reencontrarão em Serro Azul, cidade fictícia da trama.
- O que Valentina não sabe é que Marcos Paulo passou por uma cirurgia de redesignação sexual e se transformou em mulher, mas se nega a mudar o nome - adianta ela.
Apesar de "O Sétimo Guardião" ser sua primeira novela, Nany tem mais 20 anos de experiência na televisão e foi repórter em atrações como "Comando da madrugada" e "Hebe". Apesar da bagagem, diz estar ansiosa:
- Quando vi a Lilia Cabral, não sabia se me ajoelhava, se soltava um rojão ou se chamava o Samu. Estou feliz e lisonjeada de estar num time como este. O Papinha (como é conhecido o diretor Rogério Gomes) foi um querido. A equipe me recebeu muito bem.
Transexual, Nany enxerga em sua personagem - "tirando o lado negro da força" - algumas semelhanças:
- Marcos Paulo não se faz de vítima. E eu nunca usei a minha condição de transexual para justificar qualquer problema. Eu sou uma pessoa como outra qualquer. Não preciso de aceitação, mas de respeito.
Porém, ao contrário de Marcos Paulo, ela não quis manter o nome de batismo. Recentemente, depois de anos de briga na Justiça, ela trocou o Jorge de seus documentos para Nany People Cunha Santos. A atriz também não passou pela cirurgia de redesignação sexual por um pedido da mãe. Foi ela, afirma Nany, que estava ao seu lado quando se vestiu de mulher pela primeira vez, aos 18 anos. Apesar do apoio familiar, a atriz diz ter sofrido preconceito:
- Não é porque sou artista que tenho uma situação confortável. Nos anos 2000, eu fazia o programa da Hebe e entrava nas casas das famílias brasileiras. Agora, parece que o mundo emburreceu e a intolerância está em todos os cantos. As pessoas estão mais caretas e 'rançosas'. Eu tenho 53 anos e vivo do que gosto. Não sou daquelas que usam a expressão 'sextou'. Para mim, final de semana é todo dia.
Nany declara que também é muito criticada por preferir se relacionar com homens mais jovens:
- Eu tenho esse perfil: me dou melhor com jovens. Sou meio discípula da Madonna e da Susana Vieira. Eu brinco que, se Madonna ficou com Jesus (em referência ao DJ Jesus Luz), eu só escolho os querubins. Atualmente estou solteira, mas me divertindo.
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Redação iBahia
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