A juíza Roberta Barrouin Carvalho de Souza, da Vara de Execuções Penais do Rio, concedeu, na última segunda-feira, 15, um indulto a Marcelo Pires Vieira, o pagodeiro Belo, preso em 2002 por envolvimento com o tráfico de drogas. Com esta espécie de “perdão judicial”, a partir de agora, Belo sai do livramento condicional e passa a ser um homem completamente livre.
Antes da assinatura da juíza, o pedido de indulto passou pelo Conselho Penitenciário e pelo Ministério Público. Como ambos foram favoráveis, faltou apenas a decisão judicial, que acabou saindo no início desta semana.
Durante o tempo em que cumpriu pena (parte em regime semiaberto e parte em regime fechado) Belo nunca cometeu uma falta grave. Por isso, preenchia todos os requesitos que a lei exigia para receber este indulto, que é uma extinção da punibilidade.
A coluna Retratos da Vida conversou com Sandra Almeida, advogada de Belo nos últimos 5 anos. Foi ela quem deu a notícia ao pagodeiro. “Ele chorou muito ao receber a notícia. No dia seguinte, quando o encontrei, ele era uma pessoa com outro semblante”, conta.
Belo foi condenado, no dia 30 de dezembro de 2002, a 6 anos de prisão, com direito de aguardar o julgamento do recurso em liberdade. O Ministério Público, então, apresentou recurso e os desembargadores da 8 Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio aumentaram a pena do cantor para 8 anos e expediram novo mandado de prisão, em dezembro de 2003.
As suspeitas envolvendo Belo com traficantes surgiram a partir de grampos telefônicos, que revelaram conversas entre ele e Waldir Ferreira, o Vado, apontado como gerente do tráfico na favela do Jacarezinho. Na conversa, o homem pede a Belo R$ 11 mil para comprar o que chamava de “tecido fino”, que seria, segundo a polícia, uma gíria para cocaína. Belo pedia em troca um “tênis AR”, que seria, ainda de acordo com a polícia, um fuzil AR-15.
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