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Após condenação em dezembro de 2002, Belo recebe 'perdão judicial'

O cantor está livre

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22/03/2010 às 11:01 • Atualizada em 28/08/2022 às 2:20 - há XX semanas
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belo1A juíza Roberta Barrouin Carvalho de Souza, da Vara de Execuções Penais do Rio, concedeu, na última segunda-feira, 15, um indulto a Marcelo Pires Vieira, o pagodeiro Belo, preso em 2002 por envolvimento com o tráfico de drogas. Com esta espécie de “perdão judicial”, a partir de agora, Belo sai do livramento condicional e passa a ser um homem completamente livre.

Antes da assinatura da juíza, o pedido de indulto passou pelo Conselho Penitenciário e pelo Ministério Público. Como ambos foram favoráveis, faltou apenas a decisão judicial, que acabou saindo no início desta semana.

Durante o tempo em que cumpriu pena (parte em regime semiaberto e parte em regime fechado) Belo nunca cometeu uma falta grave. Por isso, preenchia todos os requesitos que a lei exigia para receber este indulto, que é uma extinção da punibilidade.

A coluna Retratos da Vida conversou com Sandra Almeida, advogada de Belo nos últimos 5 anos. Foi ela quem deu a notícia ao pagodeiro. “Ele chorou muito ao receber a notícia. No dia seguinte, quando o encontrei, ele era uma pessoa com outro semblante”, conta.

Belo foi condenado, no dia 30 de dezembro de 2002, a 6 anos de prisão, com direito de aguardar o julgamento do recurso em liberdade. O Ministério Público, então, apresentou recurso e os desembargadores da 8 Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio aumentaram a pena do cantor para 8 anos e expediram novo mandado de prisão, em dezembro de 2003.

As suspeitas envolvendo Belo com traficantes surgiram a partir de grampos telefônicos, que revelaram conversas entre ele e Waldir Ferreira, o Vado, apontado como gerente do tráfico na favela do Jacarezinho. Na conversa, o homem pede a Belo R$ 11 mil para comprar o que chamava de “tecido fino”, que seria, segundo a polícia, uma gíria para cocaína. Belo pedia em troca um “tênis AR”, que seria, ainda de acordo com a polícia, um fuzil AR-15.

belo-preso

Por meio de sua assessoria, Belo disse que prefere não se pronunciar ainda sobre o assunto. Veja o que muda na vida dele com esta decisão judicial. Sem horário Em liberdade condicional, Belo não podia ficar na rua após as 23h. Qualquer saída dele à noite precisava de uma autorização especial da Justiça. Agora, Belo só vai ter que dar satisfações a Gracyanne Barbosa, a dona patroa. Shows livres O empresário do cantor precisava de uma autorização da Justiça para marcar todo e qualquer show do cantor. Aqueles que acontecessem fora do estado eram os mais burocráticos. Ainda assim, a agenda de shows dele era repleta. Mesmo no período em que ficou em regime fechado, Belo sempre foi um dos artistas mais executados nas rádios de todo o país. Viagem ao exterior Belo era proibido de fazer viagens internacionais. A partir de agora, se ele quiser, ele pode dar a volta ao mundo.

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