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Arthur Aguiar faz propaganda de serviço de compra de seguidores, as chamadas 'fazendas de cliques'

Objetivo dessas empresas é enganar o algoritmo das plataformas; remuneração não é tão alta quanto parece

Agência O Globo • 10/08/2022 às 12:07 • Atualizada em 26/08/2022 às 20:28

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Campeão do "BBB 22", Arthur Aguiar fez propaganda nos Stories de um serviço de compra de seguidores no Instagram, mais conhecido como Fazenda de Cliques. No vídeo, ele explica o funcionamento da ferramenta e usa a legenda "já pensou ganhar dinheiro apenas seguindo pessoas?".

Fazenda de cliques: como funciona o esquema de compra e venda de engajamento nas redes sociais

"Existe uma ferramenta que é possivel ganhar dinheiro seguindo e curtindo pessoas nas redes sociais. Eu não acreditava", disse ele nos Stories.

Fazenda de cliques (click farm, em inglês) é o nome que se dá para a compra de engajamento (seguidores, curtidas, comentários) em redes sociais, principalmente Instagram e TikTok. Empresas como a que Arthur promove conectam pessoas interessadas em falsear seus números com outras que são pagas para seguir, curtir e comentar postagem. O objetivo é tentar enganar o algoritmo das plataformas. Tudo isso é considerado comportamento inautêntico e fere as diretrizes das redes sociais.

- Essas fazendas de clique são plataformas parasitas, que se infiltram nas estruturas das redes sociais - diz Rafael Grohmann, professor da Unisinos e coordenador do Laboratório de Pesquisa DigiLabour.

As fazendas de clique têm crescido exponencialmente no Brasil, segundo pesquisadores, pois têm um discurso de renda fácil e rápida bastante apelativo dentro do contexto de altos índices de desemprego que o Brasil acumula e uma alta demanda de influenciadores (ou aspirantes).

Apesar de os Stories de Arthur prometerem um ganho elevado, a realidade costuma ser diferente. Em maio de 2022, o GLOBO consultou o site do Ganhar no Insta (parecido com o que o ex-BBB divulga) apresentava uma tabela de pagamento: uma curtida no Instagram valia, no máximo, R$ 0,01. A remuneração tão baixa acaba obrigando os trabalhadores das fazendas a criarem dezenas de contas falsas para poderem seguir e curtir mais contas.

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