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Artistas baianos querem os palcos políticos

A lista dos pré-candidatos para a eleição municipal de 2012, na Bahia, incluem cantores, compositores, dançarinos, ex-BBB

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11/10/2011 às 18:22 • Atualizada em 31/08/2022 às 7:20 - há XX semanas
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Eles costumam ser mais conhecidos pelas performances artísticas do que pela intervenção política. Dançam, cantam, encenam ou, em alguns casos, só aparecem mesmo. O que une esse grupo não é propriamente a vocação para os cargos executivos ou legislativos, mas a crença firme de que poderão fazer o que tantos outros disseram e nem sempre cumpriram: melhorar a vida do povo. Nas próximas eleições municipais, em 2012, na Bahia, nomes conhecidos do povo baiano e outros já quase esquecidos poderão trocar de palco. É que com o término do prazo, na semana passada, para que os partidos políticos filiassem seus possíveis candidatos das eleições municipais, alguns nomes do meio artístico já manifestaram interesse em disputar uma das vagas para o cargo de vereador. Os nomes, a história de cada um, as vontades e conhecimentos políticos variam conforme cada pré-candidato. Dentre os principais artistas pré-candidatos estão a ex-dançarina da Gang do Samba, Rosiane Pinheiro (PT), a “Rainha do Deboche”, Sarajane (PT), Pepe Safado (DEM), do Grupo Nossa Juventude, a ex-BBB Anamara (PDT), o cantor Duda (PV), do grupo Diamba, o cantor e compositor Gerônimo (PSB) e atriz do filme e seriado Ó paí Ó, Tânia Toko (PV). “Antes de tudo, eu sou uma pessoa como qualquer outro cidadão e, portanto, tenho o direito de me candidatar. Se vou consertar tudo, eu não sei, mas tentarei. Voto não é totalmente sincero e a política é a arte do diabo. Você precisa aprender a ter sangue frio, engolir sapo e depois conseguir algo bom. Mas eu também não quero aliviar ninguém ”, disse Gerônimo, autor de famosas composições como É D'Oxum e Jubiabá. Ele afirma que a sua pré-candidatura cumpre o papel de dar voz aos que mais precisam. “Já estamos no século XXI e nos comportamos como trupes e barões do século XIX. Em outros tempos era o dinheiro na mão e chicote na outra . Hoje é dinheiro na mão e caçola no chão. Por isso, quero ser o oxigênio da vida política. Acho que a gente precisa como político saber que isso é uma profissão. Não fez bem o trabalho, tem que ser demitido”, sustenta. Na hora de justificar o motivo da decisão pela vida política, ressaltar que a atuação não se limita aos flashes e holofotes parece fundamental. Nesse momento, as ideias e as bandeiras próprias são os primeiros passos para conquistar os fãs-eleitores. A ex-BBB Anamara, que se filiou dentro do prazo no município de Juazeiro, reconhece a tarefa de assumir o cargo público. “ É uma responsabilidade muito grande, mas eu tenho vários projetos sociais, contra a violência sexual e de proteção às pessoas com câncer. Nunca pensei em entrar para a política, mas acho que é o caminho para ter força de colocar as ações em prática", afirmou. Ajudinha da CarreiraSe por uma lado o fato de já ter uma visibilidade prévia não necessariamente implique na vitório, por outro, o trabalho desenvolvido nos palcos e a aproximação constante com o público pode ajudar consideravelmente no diálogo com os eleitores. Inclusive, no reconhecimento de suas vivências. É o caso, por exemplo, dos papeis desempenhados pela atriz Tânia Toko. Tânia ficou nacionalmente conhecida depois de interpretar Neuzão. Além disso, desde 2007 é a protagonista da peça No Buzú, que trata do cotidiano de quem usa o transporte público na capital baiana. Ela reconhece que o seu trabalho, bem recebido pelo público, pode facilitar o contato com os potenciais eleitores: “Muita gente que gosta do que eu faço vem falar comigo dizendo que eu levo felicidade para casa, para a família. E acho que podemos falar e ganhar espaço com a arte. Os meus personagens são gente comum, que trabalha, que é honesta e é pra essa gente que buscamos melhorias”. Tânia não descarta a possibilidade de veicular os seus personagens a uma provável campanha. “Poderia usar todos, menos Neuzão”, afirma. A restrição deve-se a questões contratuais. O show tem que continuarQuando o assunto é o fim ou a interrupção da carreira por conta da nova profissão, os artistas dizem que não vê problema em conciliar as duas coisas. Usando com referência maior Gilberto Gil, que gerenciou o Ministério da Cultura, eles acreditam que o trabalho na área cultura deverá ser impulsionado pela legislatura. “O meu pensamento pode se tornar realidade através dos projetos que já desenvolvo. Meu palco já é uma tribuna para poetas e para protestos. Eu vou andar mais pela cidade. Uma boa parte do meu salário vou usar para dar continuidade a esse trabalho que já desenvolvo na Escadaria”, disse Gerônimo. Opinião semelhante é compartilhada por Tânia: “Sei que terei de me adaptar a outro universo e isso vai exigir de mim muitas coisas, claro. Mas quando a gente é artista e se envolve mesmo, nós queremos fazer o melhor e seguir com o nosso trabalho”, finalizou.

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