Suzana Pires desembarca em Salvador nesta sexta-feira (15) para apresentar o espetáculo 'De Peto Ela Não É Normal', no Teatro Sesc Casa do Comércio, até domingo (17). Em um bate papo com o iBahia por telefone, a atriz falou um pouco sobre a concepção do personagem para a peça, trabalhos na TV e a estreia como autora na teledramaturgia da Globo. Confi
Sua peça chega a Salvador nesta sexta-feira (15). O que você tem de sua personagem em cena? O que você já levou pra sua vida dos personagens?
Levo muito da tia Suely, a liberdade dela eu adoro. A criança da peça, a relação que a nossa essência está em um espírito infantil, é como eu vivo normalmente.
A história trata das escolhas que as pessoas fazem ao longo da vida. Suzana como atriz já se arrependeu de alguma escolha?
Acho que a gente só se arrepende de escolha quando ela não é feita do coração. Então as coisas que eu fiz que não foram com o coração, eu com certeza me arrependi.
Mesmo com tantos anos de palco, existe ainda alguma tensão pré-apresentação? Medo e algo dar errado? Algo já deu errado?
Todas as apresentações eu fico nervosa antes de entrar, mas depois que entra é uma maravilha.
Você fez sucesso na internet com a personagem Tia Suely. De onde surgiu essa ideia? Se inspirou em alguém conhecido para criar o personagem?
Foi o primeiro produto derivado da peça, então a gente quis fazer uma webserie, levando um conteúdo de moda. A tia suely sempre foi um ícone na peça, sempre foi uma personagem que as pessoas amam. Segui uma senhora em Copacabana e ela ela estava vestida toda de couro, em um dia de sol. Ela tinha o cabelo igual e para achar a peruca, foi a maior dificuldade. Ela tinha bem essa voz, fiquei observando ela, meio que seguindo ela. Achei ela bem livre, dona de si, e isso me impressionou demais. Aí fiz essa coisa da moda e na peça ela é uma mulher livre.
Seu último personagem na TV também foi mais voltado para o humor. Você tem vontade de fazer algum papel em novela diferente do que já trabalhou? Alguma vilã ou mocinha?
Já fiz vilã em Fina Estampa, fiz o Casa Grande, que é um filme que foi bem premiado. Fiz O Tempo e o Vento... no teatro fiz muita coisa dramática. Mas prefiro fazer humor, gosto de fazer o humor mais humanizado, como foi a Janete, a Ivanete, então esses personagens eu amo fazer.
Sua relação com a Bahia é bem forte, né? Você já viveu uma baiana em Caras e Bocas e também fez parte de Ó Pai Ó. Você considera que tem dendê em seu sangue?
Sem dúvidas, nem nego mais. Muita gente acha que sou baiana e eu deixo ela achar. Acho a Bahia o máximo. Se eu tenho três dias para relaxar, vou pra Bahia. É minha segunda casa. Já fiz pelo menos quatro baianas e essas personagens nunca vieram à toa. Para fazer o sotaque direito, eu fui para Bahia, pegava os ônibus que não sabia onde ia dar. Na época, eu não era conhecida, me aventurava mesmo. Ouvia esse falar de vocês, que eu acho o máximo até té ficar perfeito e as pessoas se questionarem se eu era baiana mesmo. Fico muito feliz quando me perguntam. Carioca e baiano têm muito em comum, principalmente no jeito de levar a vida.
Muita gente não sabe, mas você também é autora. O que pode adiantar da próxima novela das 18h, que vai substituir 'Êta mundo bom?'? Como é trabalhar ao lado de Walter Negrão?
É uma maravilha. Acho que ter um mestre é a coisa mais incrível que pode acontecer na vida. Tenho um mestre. Negrão é meu mestre da escrita de telenovela. trabalhar com ele é muito bom, ele me deu espaço para criar. Comecei com ele como colaboradora e hoje sou parceira, a gente tem uma caminhada boa.
Você planeja trabalhar em uma novela sozinha, já que esteve ao lado de outros autores em outras produções?
Isso vai ser natural e tenho que ir no dia a dia, mas com certeza isso é um sonho.
Com tantos trabalho no currículo (série, filmes, novelas...), e um sucesso no teatro por onde passa, você sente que falta algo que ainda não conseguiu fazer como profissional?
Realimento meus sonhos. Não fico olhando e acomodada. A minha inquietação artística é o que me leva para frente. O carinho do público é o que mais me dar alegria. Por isso a inquietação existe também, pelo público também.
Um sonho:
Nunca esperei assinar uma novela e hoje vou assinar com negrão.
Quanto à fama? Como é ver seu nome envolvido em boatos e como é lidar com todas essas situações (paparazzi, notícias, etc) que a fama traz?
Não gosto de vida pessoal exposta porque o que é público meu, é minha vida profissional. Levo a minha vida normal, quando eu estou amando, e não escondo as coisas. Quando estou solteira, sou mais reservada. Não gosto de bafão, pra mim não tem a menor graça. Entrar em discussão, briga na internet, tenho horror. Amo meus seguidores. Então acho que isso é um traço da minha personalidade mesmo. Não sou uma pessoa de embates em cima do nada. Se eu compro uma batalha, é uma batalha de vida. Acho que é saber a diferença o tamanho das coisas.
Suas inspirações para escrever, seja pra novelas ou qualquer outro projeto. Quais são?
Estou lendo Adélia Prado e tenho assistido muito os programa da Tina Fey. Isso me inspira demais: poesia e humor.
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