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Baiano é o autor do hit de Cheias de Charme

Vida de Empreguete, sucesso em Cheias de Charme, é de autoria do baiano Quito Ribeiro, que também compôs Vida de Patroete, além de já ter um disco e músicas gravadas por Daniela Mercury e Davi Moraes

• 29/07/2012 às 11:14 • Atualizada em 28/08/2022 às 0:22 - há XX semanas

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A música Vida de Empreguete é hit dentro e fora da novela. Em Cheias de Charme, exibida pela Globo/TV Bahia, o trio formado por Penha (Taís Araújo), Rosário (Leandra Leal) e Cida (Isabelle Drummond) fez sucesso após jogar o vídeo da canção na internet. Na vida real, a música também bomba, em sua versão oficial e incontáveis paródias – tem vida de piriguete, vida de advoguete...Até vida de estudete, protesto em forma de sátira de alunas baianas da rede estadual de ensino que sofrem com a greve dos professores. Quem está por trás desse alvoroço todo é um baiano, nascido e criado em Salvador. O editor de filmes, compositor e cantor Quito Ribeiro, 41 anos, é o pai da música. Antes de mais nada, é bom dizer que Quito não tirou a sorte grande. Ele já está na estrada há um bom tempo. Letras suas foram gravadas por nomes relevantes da MPB. E no currículo de editor constam filmes como Paraísos Artificiais (2012).
Marizete, empregada dos pais de Quito, serviu de inspiração para hit Empreguetes
InspiraçãoRadicado há quase duas décadas no Rio, Quito recebeu, no final de fevereiro, um email de um amigo, o sociólogo Hermano Vianna, consultor musical de Cheias de Charme. Ele estava atrás de uma composição inédita para entrar no núcleo das três empregadas domésticas da novela escrita por Filipe Miguez e Izabel de Oliveira. Seria o ponto de virada na trama, o trio partiria rumo ao estrelato, para ódio da patroa de Rosário, a cantora de forró eletrônico Chayene (Cláudia Abreu). A Globo era bem específica em relação ao que queria: uma música cantada em primeira pessoa, alegre e positiva, que falasse da rotina das empregadas domésticas. “Acabei me inspirando muito em Marizete, que trabalha na casa dos meus pais desde 1991. É uma pessoa que tem uma energia incrível, super pra cima”, afirma Quito. Superentusiasmado com o pedido, em dois dias escreveu a letra e gravou ao violão. No início, a Globo estranhou. “Achavam que não estava pop o suficiente”, conta. Chamou então o músico Jonas Sá para produzir e fazer os arranjos. O resultado cativou a emissora, que escolheu a música. Beyoncé“Analisando o resultado, acho que ali tem um pouco de Paralamas do Sucesso, um pouco de Carnaval e bastante de pop contemporâneo, como Rihanna e Beyoncé”, diz. Ele também é o autor de Vida de Patroete, a resposta de Chayene para o sucesso das empreguetes, sobretudo ao trecho “Queria ver madame aqui no meu lugar. Eu ia rir de me acabar”. Quito afirma que, ao contrário do que muita gente pensa, não ficou rico com a composição. “Não foi uma encomenda paga, vou receber direitos autorais, como qualquer artista com música em novela. Ainda não recebi nada, demora um pouco para o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) fechar tudo. Não tenho nem ideia de quanto isso vai render, não tenho parâmetro. A primeira música minha que fez sucesso era em outra época, um outro esquema da indústria, gravadora...”, explica.
AmizadesE já que o próprio Quito falou do passado, esse é um excelente gancho para entrar no túnel do tempo e conhecer um pouco mais de João Henrique Coutinho Ribeiro, conhecido ‘desde sempre’ como Quito. A infância foi no bairro do Engenho Velho de Brotas. O prédio onde morava fica perto do Solar Boa Vista. Na época, funcionava no local o Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira. “Naquela época, acho que davam choques neles. Eles andavam pelo meio das ruas do bairro, meio chapadões. Mas era tudo tranquilo”. A infância foi bem solta, como ele mesmo diz, com boas recordações. “Foi bem normal. Meus pais eram do interior, não eram conservadores, mas também não tinha aquela coisa do desbunde”. Aos 10 anos, mudança total, de escola e de bairro – do Engenho Velho para o Stiep. A adolescência foi baseada em futebol e atividades do grêmio. Ele já era amigo do ator João Miguel. Aos poucos, foi aumentando o ciclo de amizades: Lucas Santtana, Moreno Veloso e Kassin, que sempre frequentou os Verões baianos. Aos poucos, começou a escrever músicas com Lucas. PremiadoA coisa começou a ficar séria quando, em 1993, uma composição da dupla, Domingo no Candeal, foi gravada por Daniela Mercury. A música ganhou o Troféu Caymmi de melhor música. Quito Ribeiro, então, resolveu se mudar para o Rio de Janeiro, onde começou a trabalhar com edição de imagens no cinema. Entre os filmes que já editou estão 5x Favela, Agora por Nós Mesmos e o documentário Maria Bethânia – Pedrinha de Aruanda. Editando e compondo, ele foi tocando a vida. Tem parcerias gravadas por Moreno Veloso, Davi Moraes e Domenico Lancellotti, entre outros. O artista continua tendo uma ligação forte com Salvador. No último fim de semana, esteve por aqui: veio trazer os dois filhos para ficar um pouco com os avós. E assim, Quito reencontrou Marizete Rodrigues, a musa inspiradora de Vida de Empreguete. Assista ao clipe de Vida de Empreguete [youtube zXXsKyqLlTI]Matéria original da edição impresa do Correio* Baiano radicado no Rio de Janeiro é o autor do hit de Cheias de Charme

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