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Baianos na festa da final, Ivete e Brown exaltam clima de Copa

"Acho que o Brasil não volta ao normal segunda-feira, e espero que ele se transforme para todo o sempre", disse a cantora

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12/07/2014 às 21:07 • Atualizada em 01/09/2022 às 16:04 - há XX semanas
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Shakira, Wyclef Jean, Carlinhos Brown, Ivete Sangalo, Carlos Santana e Alexandre Pires, estrelas da festa de encerramento da Copa do Mundo, falaram hoje (12), em entrevista coletiva no Estádio do Maracanã, sobre a emoção de poder mostrar, durante a festa, como o futebol e a música podem mudar a vida das pessoas.
Os artistas encerrarão a apresentação, que começará às 14h20 e terá 18 minutos de duração. De acordo com a Fifa, a cerimônia prestará um tributo a quatro valores – liberdade, solidariedade, paixão e diversidade – e os 32 países participantes da competição estarão representados, com destaque para os finalistas, Alemanha e Argentina.
Os músicos brasileiros exaltaram a oportunidade que a Copa deu ao país de receber pessoas de todo o mundo e mostrar sua receptividade e alegria. Para Carlinhos Brown, o Brasil redescobriu uma emoção que estava adormecida. “O Brasil recebe o mundo e também alerta para o mundo que todos aqui são bem-vindos. É obvio que as pessoas estão saindo daqui sabendo mais da nossa cultura, do nosso acolhimento. O Brasil é um mundo que não tem fronteira para o amor”, disse. Segundo ele, o país também conseguiu mostrar que é um país sensual, mas, ao mesmo tempo, sério, com respeito a suas mulheres.
Ivete Sangalo acredita que, depois da Copa, o país não será o mesmo. “Acho que o Brasil não volta ao normal segunda-feira, e espero que ele se transforme para todo o sempre. Como legado, espero que possamos usufruir disso em prol da nossa sociedade”, disse. Segundo a cantora baiana, a Copa acendeu um sentimento de amor pelo pelo país, com sua valorização pelos brasileiros. “Espero, como brasileira, que essa torcida pelo Brasil dentro do esporte seja uma torcida também socialmente, economicamente.”
O rapper haitiano Wyclef Jean contou como a presença da seleção brasileira, em 2004, em uma partida de futebol em Cité Soleil, a maior favela do Haiti, mexeu com a vida de seus habitantes. “A partida foi 6 x 0 para o Brasil e a cada gol os haitianos gritavam cada vez mais alto, parecendo que eram brasileiros”, disse o músico, ressaltando a raiz africana dos dois países.
Por causa da música, que também leva alegria às pessoas, Wyclef Jean se tornou um ícone de seu país, e, apesar de não se considerar um político, explicou que não pode fugir ao chamado para se candidatar à presidência de seu país. “Fui candidato a presidente do meu país para inspirar as crianças, para mostrar que podem ser o que quiserem independente de onde vieram”.
Perguntado como se sente ao cantar a liberdade, a solidariedade, a paixão e a diversidade com a presença, nas tribunas do Estádio do Maracanã, de alguns chefes de Estado acusados de usar a força bélica contra populações civis e apoiar ditaduras, Wyclef Jean respondeu que todos já “vimos políticos usarem o futebol como ferramenta política”, mas é preciso olhar pelo lado do povo, que verá artistas mostrando que o futebol não endossa o racismo e o preconceito.
O guitarrista mexicano Santana disse que todos ganham quando, juntos, usam o evento do futebol para para curar, para educar. "Vamos chacoalhar as fundações do mundo para que não haja ódio e preconceito". Acompanhe nossa cobertura de Copa do Mundo

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