Cantora diz que a Bahia "está bem representada" no 'The Voice'

Kall Medrado participou das audições às cegas do 'The Voice Brasil' na última quinta-feira (9), e fez os quatro jurados da competição virarem a cadeira. Na ocasião, a loira cantou a música 'You Make Me Fell Like (A Natural Woman)', canção conhecida na voz de Aretha Franklin e escolheu Claudia Leitte como técnica. Em entrevista ao iBahia nesta terça-feira (14), a baiana contou que essa não foi a primeira vez que se inscreveu no programa. "Eu me inscrevi na primeira edição, porém, não passei na primeira fase. De lá pra cá, eu me aperfeiçoei com o intuito de me inscrever novamente e graças a Deus deu certo", comemora. Feliz com a apresentação no reality musical, Kall falou da emoção de pisar no palco da atração. "Milhares de coisas passavam na minha cabeça naquele momento. Um friozinho na barriga... achava que tudo estava errado", brinca. "O engraçado é que lá, a gente não ouve o barulho da cadeira virando. Mas quando vi que Carlinhos Brown tinha virado, ai eu pensei: meu Deus eu passei", relembra.A cantora ainda revelou o que mudou desde a apresentação no programa. "Mudou muita coisa na minha vida. Minhas redes sociais triplicaram de seguidores. Além disso, a sensação das pessoas me reconhecerem na rua é bastante gratificante. Está sendo uma experiência que com certeza marcará a minha carreira", finaliza.Com a edição cheia de baianos - Amarildo, Vanessa Borges, Kiko e Jeane, Rafaela Melo e Princess -, Medrado falou da novidade. "Estou muito feliz com a presença de tantos cantores baianos. Estava até brincando um dia desses chamando o programa de 'The Voice Bahia. A nossa terra está muito bem representada com tanta gente boa lá dentro", afirma. Cantora deixou trabalho em escola para se dedicar ao 'The Voice' Amarildo comenta polêmica envolvendo o nome de Claudia Leitte no 'The Voice' Kiko e Jeanne falam sobre a experiência de cantar no 'The Voice Brasil' Gosto pela músicaAinda durante a entrevista, Kall Medrado contou como descobriu o talento para a música. "Quando eu tinha 10 anos estava assistindo o filme 'O Guarda Costas' e vi a Whitney Houston cantando. Achei aquilo lindo e comecei a imitá-la. Desde então, comecei a cantar”. A artista revelou que sofreu preconceitos por conta do peso - ela chegou a pesar 150 kg. “Ouvia muito de algumas pessoas, que eu não tinha perfil para cantar, pelo fato de ser gordinha. Porém meus amigos me ajudaram bastante e me estimularam a não desistir do meu sonho”, conta. Oportunidades “Em 2008, procurei o diretor musical, André Magalhães, para me aperfeiçoar. Com ele, pude aprender, de fato, tudo relacionado a música. Na verdade, ficar no estúdio ao lado dele era como se fosse uma faculdade, onde obtive ensinamentos maravilhosos que me fizeram crescer musicalmente". E foi o que aconteceu! Três anos depois, a artista foi convidada para cantar em uma banda. "Recebi a proposta que dizia ser um grupo de música eletrônica, porém, quando assinei o contrato descobri que, na verdade, seria para cantar axé. Cheguei a fazer seis meses de show e depois pedir para sair", conta a baiana que é fã da black music. No ano passado, ela mudou para São Paulo para estudar canto e começou um projeto de Live Music em parceria com um DJ. “Resolvi ir morar em São Paulo para aprender a usar as técnicas que eu já tinha. Enquanto isso, me comunicava com um amigo e montamos o nosso projeto de Live Music. Ficou perfeito". Com a parceria, Kall Medrado gravou um CD autoral com cinco faixas. [youtube ylFnxQ_mvFo] Kall também falou sobre o convite que recebeu do cantor Luis Caldas para participar do projeto 'Mulheres de Luz', em 2012. Na ocasião, ela cantou ao lado de artistas como Alinne Rosa, Carla Visi e Margareth Menezes. "Recebi uma ligação da produção de Luiz Caldas para participar do projeto onde só teria mulheres cantando no Teatro Castro Alves. inicialmente, cheguei a pensar que fosse um trote. No dia do evento estava anestesiada, não acreditava que estava ali ao lado de pessoas tão renomadas. Foi uma emoção ver o local lotado e entrei em êxtase quando todos do teatro me aplaudiram de pé. Luiz Caldas me tirou da invisibilidade e me tornou visível”, ressalta. *Com orientação e supervisão da repórter Marília Galvão