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Dia do Rock: Raul Seixas - O fim, o início e o meio

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13/07/2010 às 14:45 • Atualizada em 29/08/2022 às 16:54 - há XX semanas
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O mais roqueiro dos baianos, como disse Silvio Essinger na apresentação do livro O Baú do Raul Revirado, cresceu ouvindo Chucky Berry, Jerry Lee Lewis, Little Richards e imitando Elvis Presley. Ele deixou um legado de canções existencialistas repletas de significados filosóficos e ocultos, que até hoje tocam nas principais rádios do país.

Quando criança, o filho de dona Maria Eugênia Santos Seixas e Raul Varela Seixas, morador da Avenida Sete de Setembro nº108, em Salvador, queria ser escritor. Assim como Jorge Amado ele inventava personagens, criava revistas em quadrinhos para apenas um comprador: seu irmão Plínio.

Aos 16 anos Raulzito formou Os Relâmpagos do Rock, seu primeiro grupo, que contava com os irmãos Décio e Thildo Gama. Pouco tempo depois estaria a frente dos Panteras, inicialmente The Panters, acompanhando Jerry Adriani e nomes da Jovem Guarda como Wanderléia e Roberto Carlos, que na época não era o detentor do trono.

O Elvis caipira ou magrelo abusado, era um eterno buscador. Ele não sabia aonde estava indo, mas sabia o caminho. Essa procura lhe rendeu três filhas de casamentos diferentes, alguns matrimônios e o interesse em uma Sociedade Alternativa, que tentou montar ao lado do parceiro e amigo Paulo Coelho, seguindo os princípios do Livro da Lei do bruxo Aleister Crowley, onde tudo seria permitido.

Raul Seixas transou com o Diabo, entrou em buraco de rato, se passou por mago, mas nunca conseguiu superar um vício: a bebida. A mesma que começou a atrapalhar a sua carreira, fazendo com que os shows atrasassem e as apresentações fossem canceladas.

Quando o baiano mais precisou outro conterrâneo bom de rock entrou em cena para dar apoio. Marcelo Nova, ex-Camisa de Vênus, convidou o ídolo para fazer algumas apresentações ao vivo. Essa parceria rendeu o álbum Panela do Diabo, onde Raul deixa mensagens de adeus aos fãs, com canções onde surge notadamente embriagado nas interpretações.

No dia do eclipse, uma segunda-feira, 21 de agosto de 1989, uma parada cardio-respiratória, conseqüência da pancreatite aguda que adquiriu por causa do alcoolismo, levou o roqueiro mais velho que já existiu. A metamorfose ambulante virava mito e abria as portas da Bahia para o rock n' roll. 'Procure, que você vai entender...

Discografia
1968 - Raulzito e os Panteras
1971 - Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10 (com Sérgio Sampaio, Míriam Batucada e Edy Star)
1973 - Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock
1973 - Krig-Ha, Bandolo!
1974 - O Rebu (Trilha sonora original - Raul Seixas & Paulo Coelho)
1974 - Gita
1975 - 20 Anos de Rock (Reedição de Os 24 Maiores Sucessos da Era do Rock)
1975 - Novo Aeon
1976 - Há Dez Mil Anos Atrás
1977 - Raul Rock Seixas
1978 - O Dia Em Que a Terra Parou
1979 - Mata Virgem
1979 - Por Quem Os Sinos Dobram
1980 - Abre-Te Sésamo
1983 - Raul Seixas
1984 - Metrô Linha 743
1985 - Let Me Sing My Rock And Roll (Coletânea lançada somente em LP)(reeditado como 'Caroço de Manga' em LP e CD)
1986 - Raul Rock Volume 2
1987 - Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!
1988 - A Pedra do Gênesis
1989 - A Panela do Diabo (com Marcelo Nova)

Álbuns póstumos
1992 - O Baú do Raul (Raridades)
1998 - Documento
2003 - Anarkilópolis
2005 - Raul Seixas - Série BIS Duplo

Álbuns ao vivo
1984 - Ao Vivo - Único e Exclusivo
1991 - Eu, Raul Seixas (Show na Praia do Gonzaga, Santos, 1982)
1993 - Raul Vivo (Reedição de Ao Vivo - Único e Exclusivo com faixas extras)
1994 - Se o Rádio Não Toca (Show em Brasília, 1974)

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