“Ah, ele só conseguiu o papel porque é marido da Deborah Secco”. A frase é recorrente na vida de Hugo Moura. Desde que começou a namorar a atriz, em 2015, o baiano de 28 anos experimentou uma perda de identidade que culminou quando virou “o marido”. Pouca gente sabe, no entanto, que o modelo, surfista e ator só conseguiu integrar o elenco de “Segundo sol” após um teste. Quase perdido por ele. “Encontrei a produtora de elenco e ela me perguntou se eu não tinha visto o e-mail me convocando para o teste. E eu não tinha visto mesmo. Fui lá, fiz e aguardei muito tempo até ter uma resposta”, recorda.
Para os detratores, um recado: Deborah já gravava as primeiras cenas como Carola quando Hugo soube que estava dentro. E isso também significava enfrentar, além da inexperiência, a enxurrada de disse-me-disse que viria. “Dou a cara pra bater todo dia”, admite: “Por ser casado com uma atriz famosa, por ter que mostrar que tenho talento, por ser bonito. Eu tenho cobranças que talvez outros atores iniciantes não tenham”.
O turbilhão que viria pela frente fez Hugo Moura recorrer à terapia pela primeira vez. “Se não fosse isso, tinha pirado”, confessa. Ele conta que deu uma “surtada” antes das primeiras cenas como o garoto de programa Robinho. “Rapaz, as pessoas queriam saber o tamanho do papel, como seria, como eu me sairia... Ninguém entende que o pequeno pra mim já é grande, e que eu estou grato pela oportunidade. Até eu comecei a me cobrar, achando que tinha que chegar e arrebentar”, justifica.
São muitas lanças apontadas em direção ao moço, que há pouco tempo descobriu a paixão pelo teatro. Em casa, ele garante, tenta manter o assunto trabalho o mais distante possível. “Mas é inevitável, né? Temos essa combinação, mas chega um momento em que vemos a novela juntos, então acabamos mergulhando no trabalho outra vez”, diz.
Hugo está em plena campanha para ser pai outra vez. Mas quer adotar uma criança. “Se encontrar Deborah, tenta convencê-la?”, pede, brincando: “Ela quer um biológico e depois adotar. Eu prefiro o contrário. Sempre esteve na minha cabeça a adoção”.
Não seria leviano afirmar que o papel de maior relevância na vida de Hugo é o de pai. Algo que ele sempre quis, mesmo que não ficasse com a mãe de um filho seu. Uma vez na casa dos Secco Moura, é ele quem tenta colocar a pequena Maria Flor na rédea. Tenta... “Ela é demais. Tem personalidade forte, e se deixar faz o que quer. Eu sou um pouco mais linha dura que a Deborah. Acho que a mãe tem essa coisa de se sentir culpada por trabalhar demais e acaba deixando os filhos mais soltos. Mas quando é preciso, Maria Flor vai para a cadeira do pensamento”, relata.
O tempo para exercer essa função, porém, está cada vez menor. Neste fim de semana, Hugo estreou a peça “Favela 2”, em que vive um ex-traficante paraplégico, e segue com as gravações da novela das 21h. Nas horas que restam, Hugo gosta de estar entre a família e os amigos. Nem ele nem Deborah são afeitos à badalação. “A gente gosta de reunir as pessoas em casa, se divertir, sair para jantar. Mas ninguém vai ficar vendo a gente postando o que fazemos nestas horas. Detesto isso. A exposição que a gente já tem é imensa”, justifica ele, que aprende a lidar com a fama aos poucos: “Não é o que me seduz nem o que desejo. É consequência”. Esse é o jeito baiano que ele tem e Deus deu.
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Redação iBahia
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