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Entrevista: Mr. Armeng fala sobre preconceito, música e carreira

No papo com o iBahia, o rapper baiano faz uma análise sobre a participação no reality show 'Breakout Brasil', do canal Sony Spin

• 03/05/2013 às 19:00 • Atualizada em 02/09/2022 às 5:51 - há XX semanas

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Mr. Armeng
O rapper baiano Mr. Armeng está em alta. Filho do cantor Guiguio do Ilê Aiyê, morador do Nordeste de Amaralina e produtor musical conhecido na Bahia, ele venceu a primeira edição do reality show 'Breakout Brasil', exibido pelo canal pago Sony Spin. Veja também: Entrevista: ex-bailarino de Daniela Mercury abre o jogo sobre preconceito na dança Como prêmio, Armeng vai gravar um álbum pela Sony, com produção de Dudu Marote - também produtor do Skank e Jota Quest. De quebra, ele leva ainda um contrato com a Day1, escritório que agencia os artistas e que também pertence a Sony. Neste domingo (5), Mr. Armeng volta a se apresentar em Salvador agitando a festa 'Point Black Music', no Sankofa African Bar (Pelourinho). O evento será uma celebração e vai contar com participações especiais de Guiguio do Ilê., Fael 1º, Rafael Pondé, AfroJhow, Fall Clássico & Mc Kiko, Léo Soulza, CalibreMc e a discotecagem do Dj Indio trazendo o melhor da Black Music. Em entrevista ao iBahia, Armeng conta detalhes sobre os bastidores do programa, faz análise sobre o cenário musical brasileiro e ainda revela que sofreu preconceito. Leia: iBahia - Você já conversou com a Sony? Já existe algum planejamento sobre o futuro da sua carreira? Mr. Armeng - Estamos com uma reunião marcada para breve, mas já estive com o Dudu Marote e estamos construindo o disco. A música 'A noite é nossa', já ganhou o toque dele e ficou muito boa. Quem já pôde ouvir disse que o resultado ficou ótimo. Ficamos felizes com o resultado também e estamos trabalhando e vendo as coisas para vir com todo gás. iBahia - Qual foi a etapa mais difícil do programa?M.A. - A etapa mais difícil foi participar no programa. Enfrentei algumas adversidades, tive que deixar um trabalho que eu estava fazendo de assistente de câmera para uma produtora de vídeo que cobria a agenda do prefeito ACM Neto, não pude levar o DJ que tocava comigo e tive que organizar nossos equipamentos. Já no programa, a prova do Heavy Metal foi a que eu pensei que seria a mais difícil. Mas o resultado foi bem aceito.
"É preciso que o mercado se abra, que a mídia se abra, que o Governo impulsione a nossa cultura"
iBahia - Você chegou a tocar heavy metal no programa e se saiu muito bem. Pretende agregar novos ritmos ao seu repertório?M.A. - A nossa música pode ganhar espaço e estamos seguindo no caminho certo! O Brasil todo me envia mensagem que gostou do som, que quer nosso show na cidade. Então isso serve para nos impulsionar. Que temos que nos aprimorar todos os dias, isso já é o nosso objetivo desde antes do programa. iBahia - Quais são suas referências musicais?M.A. - Minha maior referência sempre foi música negra. Na minha casa sempre tocou Olodum, Ile Aiyê, Lazzo, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Jorge Ben, Tim Maia, James Brown, Peter Tosh, Bob Marley, Billy Paul, sambas juninos e muitos outros. Andei de skate por alguns anos e pude abrir meu leque pra mais referencias como Legião Urbana, Charlie Brown Jr., Raimundos, O Rappa, Racionais MCs, MV Bill e muito rap 'gringo'. Meu som é uma busca por uma musicalidade que mescla ritmos e influências, sem deixar a nossa identidade de lado. Já estou com um guitarrista me acompanhando nos shows e a cada ensaio surgem novas ideias. iBahia - Qual a sua visão sobre o mercado musical baiano?M.A. - O mercado da Bahia está em um bom momento. Tem muita coisa boa acontecendo na cena independente, que precisa de mais espaço e investimento para que as pessoas conheçam outros ambientes musicais que estão presentes no nosso estado. É preciso que o mercado se abra, que a mídia se abra, que o Governo impulsione a nossa cultura, valorize e respeite o nosso suor.
No 'Breakout Brasil', Armeng esteve acompanhado pelo DJ Gug Pinheiro e Tiago da Lua
iBahia - Você já sofreu preconceito por fazer hip hop no Brasil (terra dominada pelo axé, forró, pagode, etc)?M.A. - Já sofri preconceito e sofro por muita coisa. E ser do hip hop não seria diferente. O pessoal confunde cultura urbana e enxerga como cultura marginal. O hip hop vem do gueto e tudo que vem do gueto tende a ser visto por um mal julgamento. iBahia - E o rap baiano?M.A. - Em relação ao rap, muitos acham que o rap é coisa de moleque - e estão muito enganados. Rap aqui em Salvador tem artistas preparados pra subir em qualquer palco e representar nossa cena no Brasil ou aonde quer que vá. Demorou para o hip hop ser valorizado por aqui, pois é uma cultura muito rica e que tem muito a contribuir com a formação de jovens e adolescentes e incentivar a cultura. iBahia - O que vai fazer daqui para a frente?M.A. - Gravar meu disco, continuar fazendo shows, clipes, e aproveitar todas as oportunidades possíveis. Sempre contando com o fator principal, que é o trabalho, a força para correr em busca do objetivo e sempre dando o melhor [de mim]. Espero que todo mundo que pôde acompanhar nossa conquista no Breakout Brasil, e que já conhecia meu som, acompanhem e nos apoiem nessa caminhada, sempre com sintonia total. [youtube q857zC1D__I]

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