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Paulo Miklos, Tony Bellotto, Branco Mello e Sérgio Britto são os atuais integrantes do Titãs |
Dando seguimento ao projeto Paralelo Musical, acontece nessa sexta (23), às 22h, no Bahia Café Hall, a terceira edição do evento, com o show de uma das mais clássicas bandas do rock nacional: Titãs. A noite terá como convidado especial nada menos que o cantor e ex-Titã Arnaldo Antunes. A abertura ficará por conta da cantora baiana Thathi.
Veja também: Leia mais notícias de rock no nosso canal especial Depois de um ano em que comemoraram seus 30 anos de carreira, com a aclamada turnê que reviveu o disco Cabeça Dinossauro, os Titãs continuam viajando pelo Brasil. No palco, Branco Mello (voz e baixo), Paulo Miklos (voz e guitarra), Sérgio Britto (voz, teclado e baixo), Tony Bellotto (guitarra) e o músico convidado Mario Fabre (bateria), prometem mais um show de tirar o fôlego, lembrando seus maiores sucessos, como 'Go Back', 'Polícia', 'Lugar Nenhum', 'Flores' e 'O Pulso', entre outros. Em entrevista ao
iBahia, Tony Bellotto, guitarrista dos Titãs, adiantou o que a banda pretende apresentar em Salvador, falou sobre as influências musicais, projetos futuros e fez um balanço sobre a música e o rock nacional. Leia:
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Tony Bellotto |
iBahia - O que vocês estão preparando de especial para o show em Salvador? Tony Bellotto - Traremos o Arnaldo Antunes como convidado e vamos relembrar os velhos tempos da banda, promovendo um clima de nostalgia. Vamos tocar um apanhado geral da carreira toda. Estamos preparando um disco de músicas inéditas e talvez tocaremos algumas coisas novas. Mas vamos tocar mesmo as músicas mais conhecidas.
iBahia - Qual é a expectativa de cantar com Arnaldo Antunes mais uma vez? TB - Para a gente é muito bom, porque alguns Titãs saíram da banda mas continuamos uma relação de amizade e pessoal. No ano passado fizemos aquele encontro do Titãs 30 anos e reunimos todos juntos. É um show diferente. Para os fãs é bacana ver as músicas que o Arnaldo tocava antigamente.
iBahia - A cantora baiana Tathi vai abrir o show de vocês em Salvador. Conhece o trabalho dela? TB - Pessoalmente não a conheço, mas estou louco para conhecer. Do grupo, Paulo Miklos é o cara mais ligado nessa nova geração do rock nacional. Estou por fora disso. Na realidade, estou caminhando para trás. Quanto mais velho, ouço coisas mais antigas [risos].
iBahia - Você acompanha a música baiana? O que você destacaria? TB - Gosto muito da música feita na Bahia. Em nossa formação musical, sempre ouvimos os baianos clássicos, como Dorival Caymmi, Raul Seixas, João Gilberto, Caetano... Depois, com a chegada da axé music, a identidade local ficou ainda mais forte. A Bahia é um lugar onde se consegue fazer música própria, sustentar o mercado interno e ainda extrapolar para o Brasil inteiro. Produz de uma Ivete Sangalo até uma Pitty, passando pela tradicionalidade da música afro. Essa diversidade musical é sempre um exemplo a ser seguido.
iBahia - E o público baiano? Como é para você fazer show na Bahia? TB - O público de Salvador é um público muito animado. Os nossos shows são sempre muito intensos. A gente tem fãs muito radicais, no bom sentido. É sempre um prazer para a gente. Gostamos da cidade e achamos o lugar encantado.
"A Bahia produz de uma Ivete Sangalo até uma Pitty, passando pela tradicionalidade da música afro" |
iBahia - Quais são as suas maiores inspirações musicais? TB - Gosto de várias coisas. Entre as bandas de rock, a banda que me inspira mais é o The Clash, dos anos 70, da primeira leva das bandas punk. Ela funciona como uma referência para nós. Para mim, o Jimmy Hendrix é uma referência como guitarrista. É um cara insuperável na originalidade e na criatividade, na maneira como conseguiu reciclar o blues norte-americano.
iBahia - Na sua opinião, o rock nacional mudou com o passar dos tempos? TB - Acho que a gente conseguiu uma ascensão da indústria do disco. O público passou a escutar as bandas de rock de um determinado estilo, que fala de amor e tal... Mas existem várias coisas bacanas que surgem fora do mainstream e que não são mostradas. Temos o rap nacional também, que cumpre a mesma função que já foi do rock: uma música com mais contestação e rebeldia.
"É um show diferente. Para os fãs é bacana ver as músicas que o Arnaldo tocava antigamente" |
iBahia - Quais são os próximos projetos do titãs? Pode adiantar alguma coisa? TB - A gente tem um projeto muito forte de lançar um disco novo com músicas inéditas. Queríamos gravar esse ano, mas adiamos para janeiro devido ao sucesso da turnê. Estamos trabalhando fortemente no repertório. [youtube RDy-M0eL_00]
Projeto Paralelo Musical – Titãs com participação de Arnaldo AntunesShow de Abertura: Thathi Data: 23 de agosto (sexta) Hora: 22h Local: Bahia Café Hall Valor: Pista R$ 40 (meia) / Área VIP R$ 70 (meia) Vendas: Ticketmix (Shoppings – Barra, Iguatemi, Salvador Shopping e Paralela). Informações: 3332-0614 / 3371-0664 Classificação: 16 anos