Passados quase dois anos, que serão completados no dia 17 de março, que o sambista Arlindo Cruz sofreu um AVC, a família foi ao terreiro de candomblé Ilê Olo Fin, em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio, agradecer pela recuperação do cantor.
A mulher de Arlindo Cruz, Bárbara Macedo da Cruz, a Babi, disse que vários terreiros da cidade e de outras regiões a acolheram durante todo o sofrimento, quando viu o seu marido entre a vida e a morte. - Foram vários que me ajudaram, mas aqui encontrei acolhimento e carinho - disse Babi, bastante emocionada.
No último dia 10, Arlindo esteve no terreiro para fazer o agradecimento. Foi o caboclo Marujo, entidade recebida pelo babalorixá Walace Luiz, que falou o dia exato em que o sambista sairia do hospital: dia 2 de julho.
Para a família, há muito o que comemorar. Arlindo, que chegou a ser desenganado pelos médicos, hoje se recupera em casa e já interage com a família e amigos. - A minha fé sempre me ajudou. Não aceitei imaginar perder ele. Quando ele ficava muito ruim, eu falava para os meus orixás. Se ele fosse, eu também iria - disse Babi, que nesta sexta-feira, voltou ao terreiro para agradecer.
No domingo, dia de São Sebastião, que, no sincretismo religioso é Oxóssi, também é celebrado o Dia do Caboclo. Por isso, mais uma reverência ao caboclo Marujo. Entre os vários tratamentos a que está sendo submetido, Arlindo Cruz também faz musicoterapia. Ao contrário do que se possa imaginar, o ritmo menos usado é o samba. - Quando ele ouve samba, fica melancólico e triste. Tem ouvido música francesa, que sempre amou. Isso o deixa mais animado - contou Babi.
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Redação iBahia
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