Sem datas de shows disponíveis desde o início do ano, Tierry precisou traçar um novo roteiro para o seu 2020 por conta da pandemia do novo coronavírus. Em entrevista ao iBahia, o cantor que está estourado nacionalmente com o hit "Rita" - só no Youtube a música possui 100 milhões de views -, confessou que pensou em desistir da carreira, falou do diagnóstico positivo para Covid-19, de onde vem as suas inspirações musicais e muito mais. Confira:
iBahia: Você acabou de se recuperar da covid-19. Como foi essa experiência?
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Tierry: Acabei de me recuperar da covid, graças a Deus. A gente fica com medo. Tive febre, corpo mole, dor de garganta, bastante tosse, meu pulmão ficou comprometido com 25% por causa do vírus, então a gente fica com receio. Ainda mais eu que trabalho cantando, mas graças a Deus passou e estou bem 100%
iB: Como foi pra você encarar o adiamento de shows e apresentações?
Tierry: Horrível. Infelizmente sem fazer shows, existe muito medo, insegurança, a gente sonhou a vida inteira para fazer sucesso nacional e quando acontece, chega a pandemia, mas Deus sabe o que faz.
iB: Como é o seu processo de composição? Você sente, após escrever, que a música vai bombar?
Tierry: Na maioria das vezes o meu processo de composição é na madrugada. A gente sente que a música é boa, se vai bombar é Deus é quem manda.
iB: Suas músicas têm uma pegada de humor. As pessoas se divertem ouvindo. De onde você tira essas histórias? Você pauta suas vivências amorosas nas suas composições?
Tierry: Eu tiro as minhas composições do povo. O dia a dia das pessoas. Eu conto histórias, a vida das pessoas. É por isso que elas se divertem tanto, elas choram e riem ao mesmo tempo. A minha sofrência é um pouco doce e um pouco salgada. Ela faz rir e faz chorar, sorrir e sofrer. E em todas elas tem um pouco de mim, das minhas vivências, não 100%, claro. E ah, eu não tomei a facada (risos).
iB: Suas canções trazem o inusitado, a exemplo, "volta Rita que eu perdoo a facada", "eu vou fumar esse seu coração de pedra". Você recebeu muitas criticas por elas? Como você reage as críticas?
Tierry: Todas essas músicas têm um sentido figurado, minhas músicas são hipérboles, são exageradas, têm essa conotação. E as críticas fazem parte da coisa, nada unânime presta. Não conheço nada unânime que tenha dado certo.
iB: Com que idade você começou a cantar e quando você deu start e decidiu que era isso que você gostaria de fazer na vida?
Tierry: Com meus 18 anos de idade. Comecei a fazer faculdade, passava na frente do estúdio e namorava aquilo. Eu olhava e pensava: "Cara eu faço parte daquilo. Aquele é o meu meio". E eu sempre cantei, na minha família tem muita gente ligada a arte. Eu cantava no coral e desde novo sentia que eu seria ligado a arte.
iB: Você ouviu muito não na sua vida? Em algum momento você achou que não daria certo na música? Você já pensou em desistir?
Tierry: Já ouvi muito não. Os 'nãos' são mais importantes que os 'sims'. Há um ano atrás eu pensei em desistir. Em outubro, eu pensei: "Ah, quer saber, vou pegar essas músicas doidas aqui, que eu acho que podem chocar e vou lançar".
iB: Antes, seu nome se concentrava muito aqui na Bahia. Mas, sua carreira deu uma reviravolta e você hoje é estourado em todo o Brasil. Como você vê essa virada? Acha que a internet tem partipação nisso?
Tierry: Acho que a web tem total participação. Ela é fundamental. Quero inclusive agradecer todos os influenciadores, o Carlinhos Maia e o Lucas Guimarães que têm alcance nível nacional deram muita força e sou muito grato a eles. Leozito, Dum Ice, Christian Bell e tantos outros... Todos eles foram fundamentais. Até hoje eu não consigo entender a virada, eu acho que foi quando eu cantei "Eu Já Peguei Coisa Pior" que tem o trecho, "Coronavírus nunca me assustou, já peguei coisa pior e já chamei de amor", minha sofrência pop.
iB: Quais são as suas principais influências na música? O que você ouve além do arrocha?
Tierry: Eu ouço muita música americana, latina, reggaeton. Além, óbvio, dos artistas brasileiros como Marília Mendonça, Zezé di Camargo e Luciano, Pablo do Arrocha, Rogério Skylab. Eu sempre brinco que sou a mistura entre Marília e o Skylab.
iB: Quais os seus objetivos para 2021?
Tierry:Trabalhar muito, fazer muitos shows, quero gravar um DVD na Bahia, com um público gigantesco entre outras realizações pessoais.
Sob supervisão da repórter Isadora Sodré*
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Redação iBahia
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