Multado por tirar uma foto com um peixe de grande porte ameaçado de extinção, o ator Henri Castelli usou as redes sociais para pedir desculpas pelo que chamou de "engano". O artista relatou que foi induzido ao erro por um pescador, que informou a espécie errada do animal. Ele ainda destacou que seria o primeiro a informar as autoridades se soubesse da condição de risco do peixe.
Castelli será multado em R$ 5 mil, conforme auto de infração lavrado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O ator passeava por uma praia de Maceió, no Alagoas, quando tirou a foto com um "Mero" na garupa da moto. Segundo ele, o trabalhador classificou o peixe como um badejo, e o artista não soube identificar a diferença.
"Naquele dia, enquanto caminhava pela praia, me surpreendi com o tamanho do peixe que aquele pescador carregava em sua moto. Quando perguntei, ele disse que era um badejo e que há muito tempo não pegavam um grande assim (...) Certamente não soube diferenciar nem imaginar que fosse uma 'história de pescador'", escreveu o ator, que se definiu como um "amante dos animais".
'Incomodado', diz Castelli
O ator frisou que, se pudesse supor, "ao menos por um instante", que o pescador estava mentindo, seria o primeiro a repreendê-lo e informar as autoridades. Em nota, ele ressaltou que não matou o peixe e que foi uma "distração". "Eu me sinto incomodado por ter sido induzido em erro e (in)felizmente tornei-me vítima dele", destacou.
Castelli ainda explicou que apagou a postagem ao ser informado do erro e para evitar que "o ódio de alguns fosse nutrido". Na ocasião, ele foi chamado de "maldoso" e "egoísta" por internautas. Ele pediu desculpas por passar "uma imagem incompatível com a minha condição de pessoa pública e incondizente com minha vida particular" e defendeu que a punição sirva para alertar sobre a necessidade de proteger o peixe "Mero".
"O Ibama encaminhou nesta segunda-feira (14/08) auto de infração no valor de R$ 5 mil ao ator Henri Castelli. Ele foi multado por transportar espécie ameaçada de extinção. O crime será comunicado ao Ministério Público Federal (MPF) para apuração de responsabilidade penal", diz a nota do Ibama enviada à imprensa na tarde desta terça-feira.
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Redação iBahia
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