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iBahia conversa com ator baiano Danilo Mesquita

Em entrevista ao iBahia, ator fala sobre trajetória profissional, que inclui passagem por peneiras de times de futebol, planos para o futuro e curiosidades sobre a vida pessoal

Redação iBahia • 11/06/2020 às 18:30 • Atualizada em 27/08/2022 às 13:34 - há XX semanas

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O ator baiano Danilo Mesquita, de 28 anos, – conhecido por ter interpretado Valetim, na novela Segundo Sol – é a prova viva de que a vida nos manda recados o tempo inteiro e que devemos estar dispostos a nos aventurar em diversas áreas. Ele se dedicou por muito tempo a ser jogador de futebol e fez peneiras na categoria júnior de times como Vitória e Bahia. Atualmente, em paralelo a carreira de ator, Danilo é compositor e faz parte da banda Beraderos.

Foto: João Cotta/TV Globo

Após o incentivo da família e o acaso de encontrar com um olheiro, que o convidou para trabalhar como modelo em uma agência, Danilo decidiu se mudar para o Rio de Janeiro e em pouco tempo ingressou no curso de teatro, na Nu Espaço. "Comecei a fazer aula de teatro e minha vida mudou. Eu costumo dizer que eu não virei artista, que eu me descobri artista. Minha vida toda fez sentido quando eu me descobri como ator", explica Danilo, que costumava ouvir da família desde pequeno que deveria ser ator e depois recebeu o mesmo conselho do responsável pela agência de modelo.

Depois de se formar em artes dramáticas, Danilo já fez parte do elenco de peças (Paixão de Cristo, O Mercador de Veneza e Rio Mais Brasil: O Nosso Musical), novelas (I Love Paraisópolis; Rock Story; Os Dez Mandamentos; Segundo Sol; e Éramos Seis, seu papel mais recente), séries da Netflix (3% e Spectros) e protagonizou o filme “Ricos de Amor”, que também faz parte do catálogo da plataforma de streaming .

Foto: reprodução
Com a variedade de papéis no currículo, Danilo Mesquita garante que essa é a melhor parte da carreira de ator. “Eu acho fundamental o ator passear, estar em locais completamente diferentes. O barato do nosso trabalho é esse, é fazer um monte de coisa diferente e eu tenho uma grande felicidade de estar conseguindo fazer várias coisas”.

Em entrevista ao iBahia, Danilo Mesquita fala sobre carreira, motivações, planos futuros e curiosidades da vida pessoal.

iBahia: Como é trabalhar em diferentes meios? Tem algum que seja mais difícil de atuar?
Danilo: São processos completamente diferentes, mas é o mesmo trabalho. É a mesma busca da verdade, da emoção de contar aquela história. Na televisão eu já cheguei a fazer 32 cenas em um dia e no cinema fiz 3, 4 ou 5 cenas. O teatro é completamente diferente, um processo que demora um tempo, que depois do terceiro sinal é o ator ali com seus colegas e com o público e mais nada, é a magia acontecendo ali. Já o cinema é uma paixão louca que eu tenho, porque eu sempre assisti muito e eu gosto muito. O meu aprendizado como ator foi muito através do cinema, vendo muita coisa, muitos filmes.

iBahia: O que te motiva a trabalhar como ator?
Danilo:
O que me motiva é o amor que eu tenho pela arte. É minha linguagem, das minhas lutas e das minhas batalhas. Eu encontrei na arte, como ator e músico, a minha arma para falar sobre tudo que eu penso, para desaguar o que me inspira, felicidades e pensamentos. E o meu desejo é que minha arte chegue em todos os cantos, becos e vielas e todos os quartos.

iBahia: O que você espera da carreira de ator nos próximos anos? Tem algum papel que queira muito fazer?

Danilo: Eu sempre sonhei muito, mas eu acho que as coisas foram acontecendo de um jeito muito sem controle assim, nunca foram sonhos direcionadas de “agora eu quero fazer isso, aquele personagem ou aquele trabalho”. Eu quero continuar contando histórias, como eu digo eu sou um contador de história, tanto como ator como cantor e compositor. E o meu desejo como artista daqui para frente é falar do Brasil e sobre as questões do Brasil, a gente tem muita coisa para descobrir e muita coisa para redescobrir para se reafirmar enquanto país, enquanto cultura.

Danilo, Lellê e Jaffar Bambirra em cena, no filme Ricos de amor (Foto: divulgação)

iBahia: Como é para você trabalhar nos projetos da Netflix?
Danilo: Trabalhar na Netflix é demais por dois motivos. O primeiro é que eu sou muito fã da Netflix, então fazer parte disso, poder ligar a Netflix e eu fazer parte daquilo, eu fico super orgulhoso e super feliz. A segunda coisa é como eu falei eu quero ser um artista que as pessoas vejam o meu trabalho, que todo mundo tenha acesso a ele e a Netflix é uma plataforma que dialoga com o mundo inteiro.

iBahia: Em um período em que se tornou essencial discutir o privilégio branco e de classe, como você acredita que o filme "Ricos de Amor" dialoga com essa temática?
Danilo:
O filme fala diretamente disso. Começa com uma executiva júnior, que é a personagem da Lellé, que é uma mulher preta, que perde o emprego para o filho do empresário de família branca privilegiada. O filme vai discutindo um milhão de coisas, discuti privilégios e também fala sobre transformação, que vale muito a pena você sair do seu privilégio para ouvir o outro. O Teto percebeu que estava ficando para trás e teve a sorte de ter amigos generosos que ajudaram ele e que compreenderam o processo dele. Depois, ele usa do próprio privilégio para ajudar pessoas também, com o projeto final do filme.

iBahia: Existe realmente beijo técnico? Seus amigos que não trabalham como ator te fazem perguntas sobre isso?
Danilo:
Essa pergunta sempre rola. Existe sim e beijo técnico não tem a ver com língua ou sem língua. Tem a ver com o beijo que fique bonito para câmera, que fique tecnicamente bonito, porque não adianta você dar um beijo apaixonado, enlouquecido e aquele beijo não ficar bonito para imagem.

Danilo e Letícia Colin em cena, na novela Segundo Sol (Foto: reprodução / TV Globo)

iBahia: Quem é o Danilo Mesquita fora dos holofotes? Nos conte três coisas que a pessoa não imagina sobre você.
Danilo:
Sou viciado em Fifa, jogo muito videogame com meus amigos; faço um creminho de lei com muito leite em pó, duas colherezinhhas de Nescau e um pouquinho de água. Fica tipo um brigadeiro, bato bem rápido com a colher, como desde a infância; já usei Tinder, em 2014, por algumas semanas e conheci bastante gente. Eu aproveitei pow, foi massa, conheci uma galera bacana.

iBahia: Qual é a playslist de Danilo, o que inspira Danilo?
Danilo:
Minha playlist é muito vasta, é uma mistura. Cara eu sou apaixonado por Timbalada, Milton, que é meu ídolo maior, Caetano Veloso, Gil, Tom Zé, Luis Gonzaga, Racionais, Harmonia do Samba, Michael Jackson, James Brown e tenho escutado muita música instrumental também.

iBahia: Qual a situação mais constrangedora que já passou? Algum mico inesquecível?
Danilo:
Tem uma história recente muito boa. A gente (a banda Beraderos) abriu o show do Milton Nascimento, na turnê Clube da Esquina. Depois do nosso show, eu e o Ravel aproveitamos o show do Milton, que teve vários convidados, com nossos amigos.

No final, Milton encerrava a apresentação com a música "Maria, Maria" e ele convidou todo mundo para cantar junto no palco. A música acabou e eu comecei a mandar beijo para os meus amigos, super emocionado de estar vivendo aquilo junto com eles, e quando eu olho estava todo mundo abaixado referenciando o Milton e só eu virado dando tchau para os meus amigos (risos). Nessa hora, eu abaixei rápido e comecei a referenciar o Milton também, poucas pessoas perceberam. Fiquei super envergonhado, mas me perdoei, porque errei por amor.

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