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Jovens de '[email protected]' se surpreendem com videogames de 3 décadas

Integrantes da banda WWW são apresentados a Atari, Telejogo e mais. Apesar do estranhamento inicial, grupo se divertiu muito com a experiência

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06/08/2009 às 17:25 • Atualizada em 29/08/2022 às 7:33 - há XX semanas
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geral-comCom o avanço da tecnologia, videogames como o Telejogo, que apareceu no Brasil há mais de 30 anos, saíram de cena e viraram peça de colecionador. Mas os brinquedos ainda continuam despertando a curiosidade da nova geração.

O G1 convidou os integrantes da banda WWW, que fazem parte do elenco da série '[email protected]', para conhecer equipamentos e games que faziam sucesso há algumas décadas, bem antes de eles terem nascido.

A banda WWW é formada pelos irmãos Mateus, de 13 anos, Pedro, 15, e João Werneck, 17, e seus primos, os também irmãos Xande, 15, e Luke Werneck, 13. Acostumados com videogames de última geração, iPods e internet, os jovens da família Werneck se espantaram ao se depararem com os 'ancestrais' dos aparelhos que curtem hoje em dia.



Entre as relíquias apresentadas ao grupo estavam os videogames Telejogo (1977), Microvision (1979), Vectrex (1982), Game & Watch (1983) e Atari (1983), o computador MSX Turbo-R (1990), um walkman e uma máquina fotográfica das antigas.

Estranhamento

Na etapa do 'reconhecimento', o espanto tomou conta do grupo, que finalmente teve a chance de conhecer 'ao vivo' o tão falado Atari. "Esses videogames são muito estranhos", disparou Xande. "Eu já tinha ouvido falar nesse Atari, só que nunca tinha jogado. O namorado da nossa prima sempre fala no Atari, que é um videogame histórico. Aí a gente sempre quis jogar".

"Ele falava que tinha um controlezinho para a mão e um botão. Eu achava que era tipo aqueles de fliperama, mas com um botão só, em vez de sete", complementou Luke, contando como imaginava o famoso Atari.

O primeiro a ser testado foi o Telejogo, com seus três games disponíveis -"Futebol", "Tênis" e "Paredão". "Eu achei diferente porque é mais prático do que os de hoje. São só dois botões e é tão legal quanto os jogos que se jogam agora", afirmou Mateus, que, mesmo assim, não trocaria seu PlayStation 2 por um exemplar do primeiro videogame produzido no Brasil.

Depois, eles partiram para o Atari. "Não foi nem um pouco perto de onde eu imaginava. Eu imaginava o gráfico mil vezes melhor. Parece um desenho de uma criança em animação", comparou Xande. Mas nem por isso deixaram de se divertir. "A gente ficou viciado ali naquele jogo do sapo ('Frog pond', de 1982)".

Ninguém, é claro, topou trocar seu modelo atual pelo clássico dos videogames. "Mas se eu não tivesse nenhum, eu teria esse porque eu jogaria", disse Luke.

geral-2Fórmula de sucesso

Passada a excitação com a 'novidade' gerada pelo Atari, foi a vez de testarem os consoles portáteis. Assim, o Microvision - primeiro videogame portátil com cartucho da história - com o game "Star trek", e o modelo de Game & Watch com o título "Mario's bombs away" passaram de mão em mão. E acabaram chamando a atenção dos mais jovens do grupo: Mateus e Luke vibravam com cada ponto conquistado nos games.

"A fórmula é a mesma, o que muda é a tecnologia. O jogo continua tendo os mesmos objetivos, tanto nos videogames antigos como nos novos. Só que com o desenvolvimento da tecnologia isso vai ficando cada vez mais interativo", disse João, o mais velho da banda, explicando porque acha as versões atuais melhores. "Mas é maneiro de ver como era antigamente, o que era novo há 10, 20, 30 anos".

E será que os amigos do grupo aprovariam a experiência? "Eles iam achar estranho, que nem a gente achou, quando chegou aqui e ficou olhando, porque a gente só ouvia falar no nome. Mas, com certeza, eles iam gostar”, aposta Pedro.

"Daqui a 30 anos, o PlayStation 2 vai ser o Atari de hoje. É a maior doideira pensar isso. Tudo que é alta tecnologia hoje em dia, daqui a 20 anos pode não significar nada. E vir uma coisa muito mais avançada, muito mais desenvolvida", completou João.

Computador 'incompleto'

Na hora de testar o MSX Turbo-R, o grupo estranhou mais uma vez. "Eu achei o computador surreal. Só tem um teclado ali e você tem que digitar um negócio para o joguinho aparecer. É maluco aquilo ali", espantou-se Xande.

Mas a diversão com os games foi tanta que os integrantes da banda WWW nem perceberam à primeira vista um "detalhe" do jurássico computador. "E é... computador sem mouse!", disse Xande, bastante surpreso, quando perguntado sobre a diferença em relação aos modelos atuais. "Bem estranho. Só o teclado parece que está incompleto".

Dono de um discman, que foi prontamente aposentado desde que ganhou um iPod, Xande também achou engraçado o "avô" do seu tocador digital. "É muito diferente de um discman. É meio que só aquela partezinha do rádio grandão, só que é uma partezinha assim da fita", tentou explicar sua surpresa ao analisar o walkman.

Já Luke, seu irmão caçula, também mostrou curiosidade em relação ao walkman, mas ficou encantado mesmo foi com outro equipamento: a máquina fotográfica. Aberta por Mateus, depois de inúmeras tentativas feitas pelo grupo, a máquina rapidamente foi parar na mão de Luke. "O jeito de abrir é todo escondido, é com filme, eu achei bem diferente. Aí eu queria descobrir como é que abre", disse ele, enquanto tentava colocar o filme na câmera, para depois fazer pose de fotógrafo profissional.

Colaboraram para esta reportagem Alex Ventura, Gabriel dos Anjos, Gustavo Guanabara, Marcelo Tavares e Ricardo Pinheiro.

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