Julia Dalavia nem sonhava existir no período em que se passa a supersérie “Os dias eram assim”, no ar dia 17. A jovem nascida em 1998 não esconde que o “trabalho está sendo intenso, com muita conversa e ambientação dos anos 70 e 80” para dar realidade a sua Nanda, uma menina totalmente à frente de seu tempo.
— Ela é livre, vive do jeito que quer — afirma Júlia, que foi beber tanta independência em Leila Diniz e Rita Lee. Mas a leveza da adolescente será substituída pelo drama: ela contrai o vírus da Aids, numa época em que a doença era desconhecida e devastadora.
— Nanda se contamina no no auge da epidemia. Não havia remédio, tratamento, nem se sabia como se contraía. As pessoas tinham muito medo e o preconceito em torno da doença era grande. Morria-se de pneumonia, de doenças oportunistas decorrentes da Aids. Ela vai passar por todos esses momentos — adianta.
Apesar de não cravar como a personagem se contamina, a atriz dá a entender que tudo acontece em uma transa: — Nanda é sexualmente livre. Aliás, durante minhas pesquisas sobre os anos 80, foi difícil entender como a sexualidade era reprimida, já que é uma coisa tão natural hoje em dia. E triste foi ver que quando as pessoas começaram a se liberar, veio a Aids e reprimiu todo mundo mais ainda.
Para entender o universo, Julia está frequentando, há dois meses, a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (ABIA).
— Tenho ido às rodas de debates, conversas, falado com médicos, psicólogos... Eles me dão indicação de livros, filmes, todo o material para me inteirar da história. Estou me aprofundando para falar com propriedade. É um assunto delicado, que pede muita responsabilidade — afirma a atriz, que começa a gravar no fim do mês e está em processo de emagrecimento. — Estamos deixando para ter uma magreza radical após ela contrair a doença. Não sei quanto terei ainda que emagrecer, vamos ver o que fica bem no vídeo — avisa.
Ainda novata na TV, Júlia se orgulha de sua curta, mas efervescente trajetória:
— Não podia ser mais grata pela confiança que depositam em mim. Tenho a sorte de pegar bons papeis como em “Velho Chico” e “Justiça”. É uma responsabilidade. Cada vez estou me surpreendo mais, o que me deixa muito feliz.
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Redação iBahia
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