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Laranjinha e Acerola voltam com 'Cidade dos homens'

Os dois serão pais de família em atração que estreia nesta terça-feira (17)

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Redação iBahia

17/01/2017 às 11:13 • Atualizada em 30/08/2022 às 11:10 - há XX semanas
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Desde o fim do seriado da Globo “Cidade dos homens”, em 2005, Acerola (Douglas Silva) e Laranjinha (Darlan Cunha) — amigos inseparáveis desde o longa “Cidade de Deus” (2002), de Fernando Meirelles — cresceram, se casaram e tiveram filhos. Agora, aos vinte e poucos anos, voltam ao canal nesta terça-feira (17), em quatro capítulos de mais uma temporada de “Cidade dos homens” (os episódios estarão disponíveis no Globo Play a partir de amanhã).

— Eu não esperava voltar, é uma alegria imensa. É o lugar onde nascemos e crescemos. Sou parado nas ruas até hoje por fãs que gostam e pediam a nossa volta, saudosos do filme. A série marcou gerações — diz Darlan. Neste meio tempo, o ator fez novelas como “Sete pecados” (2007) e “Tempos modernos”. Já Douglas esteve no elenco do “Esquenta!”, de Regina Casé, e há cinco anos, é pai de Maria Flor.

Ele diz que a paternidade o aproximou ainda mais desta nova fase de Acerola. — Eu também cresci assim como o personagem. Sou pai, tenho uma filha, e passo pelo que ele passa. Emprestei meu jeito com ela para lidar com Carlos Eduardo, que faz meu filho na trama. A história acompanha a passagem de tempo real. Acerola mora na comunidade com a mulher, Cristiane (Camila Monteiro), que está grávida, e o filho, Clayton (Carlos Eduardo Jay), e trabalha como gerente de uma lanchonete; Laranjinha vive em um conjunto habitacional e é pai de Davi (Luan Pessoa).

Foto: TV Globo

A trama se desenrola a partir da descoberta de Laranjinha de que a criança tem uma doença grave. Ele se desespera com a notícia de uma operação urgente, e precisa enfrentar a falta de dinheiro e a má condição dos hospitais públicos. — É uma temporada bem dramática, mas tem leveza, comédia e o carisma do elenco. A história tem a quebrada da ação, ela se desdobra, os conflitos crescem e os leva a um envolvimento com o tráfico de drogas, então há correria, perseguição, tiros. Todos os gostos serão satisfeitos — afirma o diretor, Pedro Morelli, que usou locações reais na comunidade do Vidigal, no Rio de Janeiro.

Além disso, conta, ele lançou mão de um filtro especial que traz mais brilho aos atores: — Passamos ainda um óleo nos personagens, o que dá um highlight bem bacana, deixa os atores acesos. Tem a mesma pegada do filme, só demos um update na estética — diz. Pedro Morelli, que é diretor da O2, vem a ser filho de Paulo Morelli, da mesma produtora. Morelli pai dirigiu vários episódios das primeiras temporadas e também o filme homônimo, lançado em 2007.

— É um simbolismo divertido porque agora eles têm filhos, e eu sou o filho do diretor. E a paternidade é um tema muito presente no roteiro — explica Pedro, que já tem uma certa intimidade com a trama: produziu um making of da história e escreveu um dos episódios com o pai e com George Moura.

Para redigir os novos episódios, Moura conta que procurou mexer com a memória afetiva do espectador. Há, inclusive, inúmeros flashbacks para ambientar quem está do outro lado da tela. Apesar dos anos que se passaram, o roteirista lamenta a falta de mudanças expressivas quando se aborda a violência na cidade:

— A temática de “Cidade dos homens” é muito emblemática e, lá atrás, era impensável na TV aberta um negro se olhar no espelho e falar “como eu estou bonito”. Tudo mudou, mas nada mudou. Acho que a transformação é mais cosmética do que expressiva.

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