Diante da acusação de assédio sexual do sócio da revista "Playboy", André Sanseverino, pelas modelos chamadas de "coelhinhas", a atriz Luana Piovani, que foi a primeira modelo de capa da nova edição da revista, afirmou que é preciso coragem para quebrar as regras impostas pelo cotidiano. Em um vídeo publicado em seu canal no YouTube, Luana comentou que apesar de achar a marca incrível, a atitude do empresário e fotógrafo é lamentável.
"O que eu posso dizer é que é realmente lamentável, porque eles tiveram a oportunidade de ter uma marca incrível na mão. Eu acho a 'Playboy' uma marca incrível", afirmou a artista. "Eu acho o nu uma coisa bela que vale ser admirada quando é absolutamente bem exposta", disse Luana. "Foi inclusive o Sanseverino que me convidou para fazer o primeiro número da 'Playboy' depois que ela saiu da 'Abril', com a Maíra, que era a editora, e que na verdade encabeçava todo esse movimento contemporâneo", acrescentou.Conforme mostrou a reportagem do "Fantástico", da Rede Globo, neste domingo, nove mulheres que atuaram como "coelhinhas" em uma festa da revista, em agosto do ano passado, estão movendo um processo por assédio moral e sexual contra Sanseverino.
"Eu fiquei muito triste. A nossa relação foi uma relação que não teve um final muito feliz. A gente teve alguns desentendimentos. Eu achei realmente que eles não foram éticos comigo em algumas coisas, mas que nada realmente me afetou porque eu sou muito velha de guerra", comentou Luana, ressaltando que manteve-se atenta aos contratos para posar nua pela primeira vez, depois de diversos convites.
"Essa atitude é lastimável. Mas, eu gostaria de parabenizar as meninas. Eu acho que as 'coelhinhas da Playboy' não tiveram a atitude que talvez a sociedade esperou que os artistas fossem ter depois da história da figurinista que denunciou assédio (ao ator José Mayer). É preciso coragem para quebrar essas regras todas do cotidiano que nos são colocadas. Nós mulheres sabemos como existe assédio em meio de trabalho, e não é só no meio artístico não, mas em tudo que é empresa", afirmou Luana.
Para a artista, ainda que as mulheres tenham medo de perder seus empregos caso venham a denunciar os responsáveis por assédio sexual, se esse movimento continuar e se firmar na sociedade, tornando-se geral, então eles terão medo de perpetuar este comportamento. "Acho que esse movimento das 'coelhinhas' foi muito, muito nobre", acrescentou.
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Redação iBahia
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