Margareth Menezes começou sua carreira artística com 18 anos. Um de seus primeiros trabalhos foi como atriz. Logo em seguida, ele descobriu que tinha o dom de cantar, e se dedicou totalmente a essa carreira. Com seu canto, ela consegue fazer uma multidão balançar todo o corpo. Na entrevista Maga falou do bloco Afropop, das referências de suas músicas com o Candomblé e os seus projetos para 2009. Confira a entrevista na íntegra.
iBahia.com - Com essa negritude viva em seu estilo musical, quais foram seus desafios no cenário artístico?
Os desafios continuam. Graças a Deus, sempre estamos aprendendo muito. Acho que a coisa mais bacana nessa profissão é ver que sempre tem alguma coisa para aprender, transformar e continuar cativando as pessoas, os povos, e sempre com novos desafios. Todo dia você tem que provar alguma coisa.
iBahia.com - No movimento Afropop você teve alguns convidados dos blocos afros. Como é feita essa escolha de cantores?
Durante muitos anos eu participei dos ensaios do Ilê e Olodum. Depois de algum tempo, tivemos a idéia de ter um momento de confraternização, um movimento. Foi essa coisa de chegar, reunir, festejar uma liberdade. A proposta é de misturar cultura musical e racial, mas também assumir que você é urbano e que vive no dia-a-dia.
iBahia.com - É uma realidade que os grupos afros têm um trabalho muito interessante. Segundo informações, o Malê tem interesse que você participe mais dos ensaios deles. Você pretende ser para o grupo, o que Daniela foi para o Ilê?
Eu sempre estou no Ilê e no Malê, participando dos eventos. Vai chegando perto do Carnaval e os ensaios vão começando e, sempre que possível, eu participo. Também é super interessante que o Malê participe do movimento Afropop. O trabalho que Daniela faz é bem legal, ela promove a Bahia.
iBahia.com - Suas músicas trazem referências diretas do Candomblé. Qual a sua relação com a religião?
A relação é cultural, acho que a Bahia tem que aceitar mais essa raiz, afinal é uma raiz importante para nós. Ela nos ensina a sobreviver, a superar as dificuldades, ser lutador, tudo isso se relaciona ao nosso comportamento social. Quando Brown faz as músicas, ou a gente grava, tem um sentido muito mais de quebrar os tabus. É legal que as pessoas tenham uma relação mais natural com palavras, como: “Dandalunda” e “Orixás”.
iBahia.com - Quais são os projetos de Margareth para 2009?
Vem por aí o DVD Naturalmente, e provavelmente vai ser gravado em Salvador.
iBahia.com - Acostumada a participar do teatro, como foi emprestar apenas a voz para o Terreiro d’Yesu? Gostou de seu personagem?
Gostei muito, foi um personagem muito especial. Quando eu recebi o convite, fiquei muito feliz, porque já tinha algum tempo que não fazia nada relacionado ao teatro. A experiência com o trabalho de interpretação me deu uma consciência de espaço. Adorei o convite e a proposta da peça.
iBahia.com - Você tem um trabalho super interessante com crianças e adolescentes da cidade baixa. Como anda a Fábrica Cultural?
A Fábrica Cultural tem a intenção de trazer outros mundos para aquelas crianças e adolescentes da cidade baixa. A ONG tem a intenção de abrir as possibilidades de comunicação entre as pessoas. Estamos pretendendo fazer um museu com parte da memória de Salvador.
?
iBahia.com - Dia das mães chegando, Margareth pretende ser mãe ainda esse ano?
Ser mãe é uma coisa sagrada. Se não tivéssemos mãe ou pai, não estaríamos aqui. Parindo ou criando, eu acho que dedicar seu amor à criança, trazer uma relação de família é algo muito grande e bonito. Pretender ser mãe, a gente sempre pretende.
iBahia.com - Deixe uma mensagem para Salvador
Salvador, minha cidade amada. Desejo que você cresça mais, e que a gente consiga trazer mais paz. Salvador está precisando melhorar, e para isso é necessário que o povo desperte.
Veja também:
Leia também:
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!