Em menos de um mês, Marina Ruy Barbosa viajou da medieval Montemor de "Deus salve o rei" para a misteriosa Serro Azul de "O Sétimo Guardião". Depois de curtas férias, a atriz deu adeus aos cabelos compridos e aos vestidos longos de Amália para ressurgir com um novo corte e figurino mais leve. Surgia, então, Luz, a protagonista da próxima novela das 21h.
Na história de Aguinaldo Silva, a personagem viverá na cidade onde está localizada uma fonte com propriedades rejuvenescedoras protegida por sete guardiões, o principal deles, Egídio (Antonio Calloni). Gabriel (Bruno Gagliasso), que mora em São Paulo, receberá o chamado do gato León para ir a Serro Azul e assumir o lugar de Egídio, seu pai. Dessa forma, acabará conhecendo Luz. O rapaz terá que escolher entre o amor da jovem e a missão de se tornar o novo guardião-mor. Apesar dos ingredientes clássicos reunidos na trama, Marina evita definir seu papel como o de uma mocinha:
- Sempre procuro fugir desses rótulos. Não vejo a Luz como uma mocinha, mas é uma personagem que tem bom coração. Como todo mundo na vida, faz escolhas boas e ruins.
Atriz desde os 9 anos, Marina coleciona tipos positivos na carreira e sabe que, nem sempre, eles são os que mais agradam: não é raro as vilãs caírem no gosto dos telespectadores. Ela conta que, antes de estrear, procura não pensar demasiadamente na aceitação do público:
- Se eu entrar num trabalho preocupada em ser aceita, vou estar dando um primeiro passo torto. Penso em fazer bem, em dar uma voz crível à história e em cumprir meu papel, executando a personagem do jeito certo para que a trama concebida pelo autor se desenrole. Não se trata da busca por uma aceitação, mas sim de trazer o público para caminharmos juntos. Uma consequência natural de quando o personagem é feito com dedicação, seriedade e carinho.
Além do desafio natural antes de cada trabalho, desta vez, ainda haverá o fator realismo fantástico. Para Marina - cuja personagem tem premonições e interage com um gato -, independentemente do gênero, o público está atrás de boas histórias.
- Acho que o mistério e o pé um pouco fora da realidade dão um sabor a mais à trama e isso as pessoas também curtem, ficam interessadas. Espero que o público goste tanto quanto eu. É uma novela que não tem compromisso com a coerência, mas que ao mesmo tempo fazemos com verdade. Acho que esse equilíbrio é a receita para a trama dar certo - avalia ela, que não se considera totalmente cética. - Acredito muito na minha intuição e ela não costuma me desapontar, não. Aliás, as pessoas que me conhecem e que convivem comigo sabem disso. Muitas vezes sigo meu feeling e, quando não sigo, me arrependo.
Já nas cenas do primeiro capítulo, o estilo da narrativa ficará evidente. Por causa de uma visão, Luz irá à ribanceira onde Gabriel terá sido enterrado após um acidente. E salvará a vida do rapaz.
- Foi bem intenso. Era minha primeira cena como Luz e já de cara a mais importante. Estava muito frio, dez graus. Luz anda de camisola na estrada, descalça, envolvida por um sonambulismo fantástico e mágico. Eu desci aquela ribanceira umas 20 vezes. Como coloquei na minha cabeça que Luz tinha um ponto fixo que a puxava para seu destino, eu não olhava para baixo e caía, caía. Assistindo depois à cena editada, achei que valeu muito - explica ela, que elogia Bruno, com quem fez par em "Todas as canções de amor", filme lançado há pouco mais de uma semana. - Ele é um parceiro, dedicado e comprometido.
Por causa das gravações e dos compromissos do cinema, Marina não tem conseguido aproveitar como gostaria sua nova casa, para a qual se mudou recentemente com o marido, o piloto Xandinho Negrão:
- Já me mudei, mas ainda não está tudo pronto. Vem ficando do jeitinho que eu queria. A vida anda muito corrida. Meus momentos em casa são poucos. Mas tenho prazer em cuidar das coisas e deixar do meu jeito. Não há nada que não goste de fazer, mas cuidar do jardim é algo que eu adoro.
Reservada em relação à vida pessoal, avessa a badalações e muito dedicada ao trabalho desde cedo, Marina já foi chamada de "certinha". Ela rejeita esses juízos de valor:
- Se eu falar que não me incomoda, vou estar mentindo. Rótulo é tão limitador. Ninguém deveria rotular. Somos múltiplos, mudamos com o tempo. Erramos, aprendemos, amadurecemos. Por mais que façamos determinada atividade, nada impede que gostemos de outras coisas e que queiramos experimentar. Eu sou assim. Acho que com o tempo isso ficará cada vez mais claro. Mas, se 'ser certinha' é ser profissional, dedicada e optar por um estilo de vida mais reservado, não vejo problema algum.
Leia também:
Veja também:
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!