Em seu primeiro Dia das Mães , a atriz Isis Valverde , de 32 anos, lembra da infância em Aiuruoca, no interior de Minas Gerais, e fala sobre a sua relação com a mãe, Rosalba. Nos primeiros dois meses de vida de Rael, ela se mudou para o Rio para ajudar Isis a cuidar do bebê.
"Quando eu era pequena, não gostava de usar vestido. Vivia de jeans, camiseta e rabo de cavalo. Andava só com os meninos, pulava muro, subia em árvore", lembra ela. "Certo dia, minha mãe, que nunca teve nada contra a opção sexual de ninguém, disse para o meu pai que achava que eu era gay! Eu devia ter uns 12 anos e eu não queria beijar nenhum menino. Os meninos da rua me chamavam de sapatão. Mas nunca beijaria ninguém por pressão. Foi só por minha vontade mesmo, aos 13 anos”, conta a atriz.
Aos 15, 16 anos, Isis começou a trabalhar como modelo fotográfica e passou a se arrumar mais, mas nunca perdeu a essência moleca. Por essas e outras, conta que sempre quis ser mãe de menino. “Não conseguiria mostrar o lado cor-de-rosa da vida, não teria paciência para ouvir a música Frozen ( risos )", diverte-se Isis. "Jogo o Rael na cama, faço apresentações, falo alto. Sou meio bruta".
Isis fala com carinho da mãe e da avó. "Minha avó arrumou as malas do meu avô e o mandou embora com quatro filhos para criar dentro de casa, num tempo em que divórcio não era nada comum. Ela sempre enfrentou a sociedade, assim como a minha mãe".
Por outro lado, Isis conta que, quando ficou sozinha com Rael pela primeira vez, ficou com medo de "não conseguir criar um homem": "Infelizmente, é inserido o tal do machismo no menino logo que ele nasce. Sabemos que uma mulher pode ser tão ou mais machista que um homem, mas é preciso driblar essa introjeção automática. E eu quero criar o meu filho da melhor maneira possível. Quero que ele seja um homem íntegro".
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Redação iBahia
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