Músico Manno Goés, do Jammil e uma Noites, fala sobre seu novo trabalho solo

O cantor Manno Goes lançou este mês em Salvador seu novo trabalho solo. No Cd, intitulado "E os dias vão" o cantor diz revelar suas produções artísticas exploradas de outra maneira. O álbum contou com super produção e músicos renomados internacionalmente, sob produção do talentoso Fernando Torcuato, em Los Angeles. Manno Goés conversou com iBahia sobre seu processo criativo, seu novo trabalho e suas pretensões artísticas para o futuro com o seu trabalho solo, paralelamente com a banda Jammil e uma Noites.

iBahia.com- De onde surgiu a ideia e a coragem de lançar um trabalho tão diferente do que você apresentou todos esses anos?


Manno Goés- Eu acho que é uma consequência natural de tudo que eu convivi na música durante todos esse anos. O Jammil tem uma pegada pop autêntica, então eu sempre estive muito próximo deste universo pop. Eu gravar esse cd foi uma consequência de todos os benefícios e todas as alegrias que o Jammil me deu, então foi mais uma oportunidade que surgiu, um convite que eu aceitei e me senti muito feliz executando e vendo o resultado tão bonito que ficou.


iBahia.com- Como foi seu primeiro contato com o renomado produtor Torcuato Mariano? Qual foi a reação dele diante da proposta?


Manno Goés- Torcuato é um grande amigo meu, foi diretor artítico da EMI, gravadora que por muito tempo foi do Jammil. Nós estendemos esse laço e somos amigos pessoais. Quando eu liguei pra ele falando sobre o projeto, ele imediatamente topou. Torcuato sabe do apreço que tenho pelo trabalho dele e ele me incentivou bastante, foi essencial a sua participação no projeto.

iBahia.com-Esse trabalho traz composições que você considerou dispensáveis para o mercado que você atingia e essenciais para o trabalho que você apresentou em “ E assim os dias vão”?


Manno Goés-Esse trabalho contém composições de gaveta. Músicas que eu produzi nos meus momentos de inspiração e que por um motivo ou outro não chegaram a ser lançadas. O “E os dias vão” representa um artista disposto a mostrar esse outro lado.


iBahia.com - Como se realiza seu processo criativo? Você trabalha com músicas encomendadas, ou você normalmente tem a ideia da musica e ela por si se encaixa em um artista?


Manno Goés- Não tenho a característica de fazer música por encomenda, até tenho dificuldade de fazer isso. Eu componho de uma forma muito espontânea, em casa, penso muito no meu universo pessoal, no cotidiano, no meu dia a dia e incorporo uma forma muito simples de compor.


iBahia.com- Na capa do CD, a arte faz referência a várias coisas, incluindo a banda Beatles. Eles são uma influencia musical pra você? Quais outras bandas inspiram o lado pop de Manno Goes?


Manno Goés- Total! O primeiro grande presente que ganhei na minha vida foi uma vitrolinha do Mickey que veio com um compacto dos Beatles. Eu sou apaixonado pela banda, por tudo que eles representam, e toda a minha formação musical foi por causa dos Beatles. Além deles eu gosto de muita coisa, gosto de Caetano Veloso, Chico Buarque, Legião Urbana (que o cantor tem tatuada no braço), Cazuza. Eu tenho referências extensas na música, tenho muitos ídolos.


iBahia.com- A produção do CD foi muito bem feita, em estúdio estrangeiro e contou com grandes nomes como o baterista John JR Robinson, o baixista Neil Stubehaus, o tecladista Bill Brendle e Moogie Canazio. Ter um trabalho feito com essa super produção e com esses nomes também era uma vontade que você sempre teve?


Manno Goes- Claro que sim! Foi uma satisfação, uma oportunidade rara e única. Na verdade não era algo que eu achasse que estivesse tão próximo de ser realizado. Não chegava nem a ser um sonho porque eu nem sonhava com isso, nem imaginava. Então quando se tornou real eu fiquei muito feliz.


iBahia.com- Se o trabalho vingar, como conciliar as duas bandas? Há a possibilidade de Manno Goes deixar de fazer parte da banda Jammil e Uma Noites?

Manno Goés- A intenção é que o trabalho seja algo leve, algo sem muita pressão. Farei sim alguns shows, mas quero que seja algo divertido e não que me dê dor de cabeça. É um trabalho paralelo, como as pessoas as vezes fazem. Não existe a possibilidade de eu me afastar da banda, isso não existe. Estou muito feliz, muito satisfeito no Jammil e adoro o carnaval, inclusive.