"Agora eu tô solteira e ninguém vai me segurar. Daquele jeito!". O verso é um velho conhecido para quem acompanha o funk brasileiro nas ondas do rádio, mas para quem não está familiarizado com a música, Valesca Popozuda restaurou alguns trechos da canção que a lançou para o país em 2007 com o Gaiola das Popozudas em seu novo single de trabalho "Tô Solteira de Novo", lançado no domingo (10).
Em entrevista ao iBahia nesta segunda-feira (11), a funkeira, solteira desde o fim do relacionamento com o empresário Diógenes David, revelou que canção tem ligação com o momento em que vive. "A gente estava no estúdio, eu e o DJ Batutinha, e eu cheguei 'poxa, eu acho que a gente poderia montar algo com essa coisa de solteirice, já que eu tô solteira de novo', e eu tô mesmo, não é só por causa da música (risos). Mas ele me deu uma chamada disse que a música tava pronta, eu coloquei um pouco de mim e saiu esse trabalho", conta.
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Na Bahia por conta da sua participação na 16ª Parada do Orgulho LGBT, que aconteceu no domingo (10), a carioca declarou todo o seu carinho pelo público gay, que o acompanha desde o começo da sua trajetória na música, há 17 anos. "Pra mim são todos meus filhos, porque eu digo que é um publico muito verdadeiro, fiel. Eles já estão na minha carreira há anos, posso dizer que há 17 anos, e eu acho que eles já passaram da fase de gostar das minhas músicas só por gostar, eles gostam mesmo de ver a verdade, ver a Valesca, que ela é, a pessoa."
Entre os projetos que estão por vir, Popozuda revela com exclusividade para o iBahia a gravação de um DVD comemorativo em alusão aos 17 anos de carreira que pode contar com uma participação mais que especial de Claudia Leitte. "Estamos selecionando músicas para no final do ano, começo de janeiro 2018 lançar o nosso DVD de 17 anos de carreira", conta.
Para quem não lembra, as musas já juntaram as vozes na canção 'Sou Dessas', lançada em 2015. A proposta é levar Claudinha para fazer uma nova versão da música como um presente para os fãs. "Fiz uma parceria com a Claudinha, 'Sou Dessas', e vou conversar com ela, tô até falando porque ela vai ler (risos), vai ficar antenada. Então eu penso em fazer uma nova parceria da nossa canção pra levar para o DVD", revela a cantora. E aí Claudinha, cê topa?
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Apesar dos 17 anos de carreira, Popozuda é receosa quanto a projeção de uma carreira internacional. Diferente de Anitta, já apontada como desafeto da carioca nas redes sociais, que no começo de setembro lançou seu primeiro single totalmente em inglês, a funkeira não pensa em investir além do Brasil.
Apesar de admirar a força de vontade da dona do hit 'Sim ou Não', a funkeira, que já atravessou fronteiras com o 'Beijinho no Ombro', não consegue se imaginar deixando as raízes e compondo em outra língua que não em português. "Nunca pensei, admiro muito o trabalho dela. É um sonho dela eu acho, pra ela tá tentando crescer lá fora também, mas eu digo que já sou grande lá fora. Já passei pela Europa, pela América, mas como Brasil, mostrando o meu Brasil. Mas eu nunca pensei e nem penso, nem daqui há 5 anos, nem há 10. Sou pé no chão", afirma a cantora.
Foram dessas raízes que surgiu a força de Valesca para sair em defesa do Funk Brasileiro, que neste ano foi ameaçado pela sugestão de Lei 17/2017, apresentada pelo cidadão Marcelo Alonso no portal e-cidadania, que previa a criminalização do funk como crime de saúde pública a criança, adolescentes e família. "Eu sempre defendi essa causa, desde o momento em que eu entrei nela. Acredito que quando você gosta do que você faz então você fica de frente e não tem medo de colocar a cara a tapa", declarou.Para Valesca, a proposta é uma forma de 'montar' em algo que está dando certo. A cantora acredita que a popularidade do funk incomoda quem não gosta. "Nós estamos sempre em evidência, o funk está sempre em evidência. Ele faz parte da maioria das novelas, toca em abertura, toca em fechamento. Todo programa que tem artistas, que tem musicalidade, tem o funk misturado. Ninguém deixa de usar o funk, então essas pessoas não tem o que fazer, querem de certa forma aparecer, mas não vai dar em nada. Eles só vão ficar tentando".
*Sob supervisão e orientação da repórter Naiá Braga
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Redação iBahia
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