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"O nu nunca foi tabu para mim", diz Renato Góes em nova série

Na supersérie, o ator vive um amor proibido com a personagem de Sophie Charlotte e promete cenas quentes

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Redação iBahia

21/04/2017 às 19:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 8:40 - há XX semanas
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Não tem jeito. É Renato Góes abrir o sorriso para o ambiente em que está se iluminar. O que de certa forma alivia o papo sobre “Os dias eram assim”. Afinal, a supersérie protagonizada por ele e que estreia hoje, tem como pano de fundo o período duro e sombrio da ditadura.

"Esta é uma fase propícia para retratar essa trama, tendo em vista o momento político que estamos vivendo", afirma o ator, que faz questão de salientar: "Mas o principal é a história de amor entre Renato (papel do ator) e Alice (Sophie Charlotte). Esse amor proibido não só pelas famílias, mas também pela opressão do momento", revela.

A supersérie traz coincidências para o artista, que foi liberado de um papel coadjuvante em “A lei do amor” para ser o principal no horário das 11. "Acho isso muito especial, meu primeiro protagonista ter o mesmo nome que eu. É bem significativo", comemora o ator, de 30 anos, que foi a fundo para construir seu médico. "Ele é idealista, pensa muito no outro. Minha principal preparação foi focar no Médicos Sem Fronteiras. Fui à sede deles e me apresentaram sua história, os ensinamentos do projeto. Estão ali por amor ao próximo mesmo. Era o coração deles que queria em Renato", conta.

Além disso, o ator, que também faz faculdade de História, viu documentários e leu livros sobre o período. Além do tema pesado, o horário também permite ousadia maior. "Isso (o nu) nunca foi tabu para mim, e a gente trata de forma linda. Essas cenas são de uma delicadeza... A nudez não vai ser o chamariz da novela", garante Renato, que surpreende ao cantar na abertura da supersérie. "Sou um cara musical, me preparei para a gravação. E, de repente, agora posso usufruir mais desse lado", afirma.

Coração dividido

O amor proibido que Renato e Alice vão viver em “Os dias eram assim” não é novidade para Renato Góes. Em “Velho Chico”, o ator, na pele de Santo, era odiado por Coronel Afrânio (Rodrigo Santoro), que não sossegou enquanto não separou a filha Tereza (Júlia Dalavia) de seu amado. "É gostoso falar sobre paixão proibida porque as pessoas se identificam", acredita.

Na supersérie, Arnaldo (Antonio Calloni) e Vitor (Daniel de Oliveira), pai e namorado de Alice, respectivamente, armam para separar o casal: forjam uma situação que faz o médico parecer um subversivo, obrigando-o a se exilar para não ser preso. Só que a moça pensa que o amado foi morto.

Renato, então, vai para o Chile e lá conhece a médica Rimena (Maria Casadevall). Com o tempo, acabam envolvidos. Mas o doutor não consegue esquecer Alice. "São relações diferentes. A paixão por Alice não acaba. Mas a nova condição dele, os motivos é que justificam uma nova oportunidade de amor com Rimena" explica o ator, que ficou animado ao iniciar suas gravações no Chile. "Quando começa pela externa, equipe e atores ficam muito unidos. Foi bom ter pisado o chão do lugar, sentido as pessoas, como elas falam, porque qualquer coisa que precise fazer aqui referente à experiência que tive lá, farei com muito mais propriedade", relembra.

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